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12/03/2007 - 19h17
Homo sapiens chegou ao Mediterrâneo antes do que se pensava

WASHINGTON, 12 mar (AFP) - O Homo sapiens chegou à margem sul do Mediterrâneo cerca de 35.000 anos mais cedo do que pensavam os cientistas, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira nos Anais da Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).

Uma equipe internacional de pesquisadores determinou que o fóssil de uma criança Homo sapiens - descoberta no Marrocos em 1968 e cuja idade exata era desconhecida - tem 160.000 anos.

Os pesquisadores pensavam até o momento que o Homo sapiens, que tem a morfologia do homem moderno, havia chegado há "apenas" cerca de 125.000 anos na margem sul do Mediterrâneo.

Uma equipe de pesquisadores chefiada pela antropóloga Tanya Smith, do Instituto Max Planck de antropologia evolutiva de Leipzig (Alemanha), e da qual fez parte o antropólogo francês Jean-Jacques Hublin, chegou a esta conclusão ao examinar o desenvolvimento dentário deste fóssil, conhecido na literatura científica como Irhoud 3, que corresponde a uma criança de cerca de três anos. O fóssil do Irhoud 3, descoberto em Djebel Irhoub, é constituído de uma mandíbula bem conservada.

Utilizando a técnica da microtomografia síncrotron de raios X, que permite analisar finamente qualquer tipo de estrutura, os pesquisadores descobriram que a evolução dentária da criança tinha as mesmas características que as de uma criança moderna da mesma idade.

Os mais velhos fósseis de Homo sapiens do mundo, descobertos na Etiópia em 1967, têm cerca de 195.000 anos. Mas os primeiros Homo sapiens arcaicos são provavelmente ainda mais antigos, talvez com 400.000 anos.

Os primeiros Homo sapiens teriam chegado à Europa há cerca de 45.000 anos.


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