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13/05/2009 - 10h01

Estúdios Pixar confirmam seu auge com o nostálgico "Up - Altas Aventuras"

THIAGO STIVALETTI
Colaboração para o UOL
Não dá nem pra comparar. A Dreamworks de Steven Spielberg pode fazer grandes sucessos como "Shrek", mas a Pixar faz animações melhores. Depois do ousado "Wall-E", o estúdio de John Lasseter volta com "Up - Altas Aventuras", a primeira animação em 3D a abrir o Festival de Cannes, uma homenagem nostálgica aos grandes filmes de aventura na linha de "A Volta ao Mundo em 80 Dias".

TRAILER DO FILME "UP - ALTAS AVENTURAS"

Viúvo e solitário, o vendedor de balões aposentado Carl Fredricksen (a cara de Spencer Tracy) está prestes a ser enviado para um asilo quando resolve fugir de maneira original: amarra centenas de balões coloridos no telhado e faz sua casa voar pelos ares, levando-o até as montanhas da América do Sul.

Só não contava que um menino teimoso, o aprendiz de escoteiro Russell, o seguisse na viagem. Lá, eles encontram um recluso explorador (a cara de Kirk Douglas, dublado por Christopher Plummer) e seu exército de cachorros falantes. A imagem da casa voando com os balões coloridos é daquelas que colam na memória. Mas mais do que belas imagens ou animação de última tecnologia, a Pixar tem sempre bons personagens e uma história nostálgica, que lembra também o otimismo e o valor da amizade dos filmes de Frank Capra nos anos 30.

  • AP

    O diretor Pete Docter fala sobre a animção "Up" em coletiva

"Levamos cerca de quatro anos em cada um dos nossos filmes. Nesse tempo, quase três anos são dedicados ao roteiro, mais do que os dois anos dedicados à animação", disse Lasseter na coletiva. Sobre a honra de abrir Cannes, o diretor Pete Docter brincou: "É certamente um dos momentos mais altos de nossa carreira. Não vejo a hora de ver o povo de black-tie usando óculos 3-D na sessão de gala".

Lasseter assumiu que "Up" tem grande influência do animador japonês Hayao Miyazaki, diretor de filmes como "A Viagem de Chihiro". "É um mestre que celebra sempre os momentos calmos em seus filmes. Ele nos ensina que a história precisa respirar, não pode ter só ação".

Sobre o futuro da animação, Lasseter também é nostálgico. "Todos agora querem enterrar o 2D, virou o novo bode expiatório da animação. Dizem que as pessoas não aguentam mais o 2D, mas acho que elas só não querem histórias ruins. Em breve, vamos viver um retorno da boa e velha animação a mão", afirmou, citando o próximo projeto da Disney, o tradicional "A Princesa e o Sapo".

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