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Festival de Cannes 2010

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22/05/2010 - 11h39

A Palma do Festival de Cannes : 118 gramas de ouro puro muito cobiçados

CANNES, França (AFP) -Confeccionada numa joalheria famosa, a muito cobiçada Palma de Ouro do Festival de Cannes, que será entregue neste domingo (23), nasceu em 1955 e pesa 118 gramas de ouro puro.

Segundo a história, faz referência às palmeiras da Croisette e é encontrada também nos símbolos da cidade de Cannes. O primeiro desenho foi feito pela designer de joias Lucienne Lazon.

O filme "Marty", do americano Delbert Mann, foi o primeiro a recebê-la, concedida por um júri presidido pelo escritor e cineasta francês Marcel Pagnol.

Em 1964, a Palma deixou de ser entregue e foi adotado um "Grande Prêmio", como acontecia antes do nascimento do troféu, prática que durou até 1975. As explicações sobre essas mudanças são divergentes.

"A escolha da Palma se impôs pela referência ao escudo da cidade e a suas palmeiras, mas, sem dúvida, também às palmas honorárias da antigüidade", afirma Pierre Billard, crítico e historiador de cinema.

Só cinco realizadores fazem parte do ciclo dos duas vezes premiados: Francis Coppola (palma de ouro em 1979 e recebedor do Grande prêmio em 1974, denominação anterior), Shoei Imamura (1983 e 1997), Bille August (1988 e 1992), Emir Kusturica (1985 e 1995) e os irmãos Dardenne (1999 e 2005).

A Palma de Ouro só foi entregue uma vez a uma mulher, Jane Campion, com "La leçon de piano" ("A Lição de piano"), em 1993.

No cinquentenário do Festival, em 1997, uma "Palma das Palmas" foi concedida a Ingmar Bergman e entregue em sua ausência à filha Linn Ullmann.

No ano seguinte, o famoso troféu foi modernizado por Caroline Gruosi-Scheufele, uma das presidentes da Chopard, a joalheria suíça que fornece anualmente a palma graciosa, avaliada em mais de 20.000 euros.

Delicadamente curvada, a haste, ornada de 19 folhas esculpidas a mão, forma em sua base um coração, símbolo da casa que festeja neste ano seu 150º aniversário.

Uma segunda palma de ouro não datada fica sempre de reserva, em caso de acidente, ou concessão de prêmio ex-aequo, de igual mérito.

Até sua entrega, fica guardada nos cofres da joalheria.

O troféu é trabalhado num molde de cera, depois fixado numa almofada de cristal de rocha talhada na forma de diamante.

"A natureza não cria dois cristais de rocha idênticos, por isso cada palma é absolutamente única", comenta a desenhista Gruosi-Scheufele.

Desde 2000, duas palmas mínimas recompensam os prêmios de melhor interpretação feminina e masculina.

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