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01/10/2010 - 13h11

Com Charlotte Rampling e Bill Pullman, "Rio Sex Comedy" é declaração de amor de diretor americano ao Brasil

ALESSANDRO GIANNINI
Editor de UOL Cinema
  • Jonathan Nossiter enquadra cena com o ator Bill Pullman na gravação do filme Rio Sex Comedy

    Jonathan Nossiter enquadra cena com o ator Bill Pullman na gravação do filme "Rio Sex Comedy"

Jonathan Nossiter se apaixonou pelo Brasil em 2001, quando desembarcou pela primeira vez em São Paulo. "A avenida Paulista me impressionou", conta ele, que hoje vive no Rio de Janeiro, casado com a fotógrafa Paula Prandini, com quem tem dois filhos. Nossiter, que ganhou fama com o documentário "Mondovino", sobre o disputado universo dos vinhos, está às voltas com convidados ilustres, uma lista que inclui Charlotte Rampling, Irène Jacob, Bill Pullman e outros. Eles estão no Rio para acompanhar a primeira exibição da comédia "Rio Sex Comedy" no festival de cinema local, às 19h, no Cine Odeon.

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"Rio Sex Comedy" é - como o título denuncia - uma comédia sobre as aventuras de quatro estrangeiros na capital fluminense: uma cirurgiã plástica inglesa (Charlotte Rampling), um embaixador americano (Bill Pullman) e um casal de cineastas franceses (Irène Jacob e Jean-Marc Roulot). Cada qual se envolve em diferentes aventuras que, além de derrubar os mitos sobre a cidade, conseguem demolir também alguns conceitos hipócritas sobre a ausência de tensão social, de racismo e outras bobagens que se costumam repetir a respeito do país.

A personagem de Charlotte Rampling percorre clínicas de cirugias plásticas e encontra com Pitanguy em pessoa para convencer o público a não fazer operações plásticas. O personagem de Pullman, cansado da liturgia de seu cargo, se perde prazeirosamente nas entranhas de uma favela. E o casal de cineastas franceses, que vai ao Rio fazer um filme etnográfico, não se comporta de acordo com a própria cartilha antropológica e sociológica.

"O filme é uma carta de amor pessoal de um estrangeiro, carioca adotado, a esta cidade e a este país", disse Nossiter, em entrevista, por telefone, ao UOL Cinema. "Rio Sex Comedy" foi rodado com uma equipe mínima de dez pessoas, sem contratação de extras e com a generosa colaboração do elenco estrangeiro, formado por atores que o cineasta conheceu na época em atuou em grandes produções, que aceitaram trabalhar em troca de valores simbólicos. "Eles não foram tratados como crianças mimadas, mas como profissionais que eram responsáveis pelos seus figurinos e colaboravam para a produção", explicou ele.

"Rio Sex Comedy" investe muito na improvisação e assume muitos desses imprevistos registrados durante a gravação. "Não trabalhamos com extras e a linguagem meio documental serviu para fazer com que nos misturássemos ao colorido da cidade", revela Nossiter. "Nunca rodamos um plano de uma cena da mesma maneira. Isso foi muito rico para mim."

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