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65o. Festival de Veneza - 2008

29/09/2008 - 17h27
"A Erva do Rato" liga obsessões e repressão sexual
NEUSA BARBOSA
Colaboração para o UOL, do Rio
Depois de ter sua première mundial no mais recente Festival de Veneza, na mostra paralela Horizontes, "A Erva do Rato", de Júlio Bressane, começa nesta noite de segunda (29), às 20h, no Cine Palácio 1, suas exibições no Festival do Rio.

O filme, que passa fora de competição, inspira-se em dois contos de Machado de Assis, "Causa Secreta" e "O Esqueleto". Porém, não extrai deles mais do que uma vaga inspiração, para contar a história de um homem excêntrico e rico (Selton Mello), que acolhe sob sua proteção uma moça, vivida por Alessandra Negrini (prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília 2007 em outro filme de Bressane, "Cleópatra").

Divulgação
Alessandra Negrini em cena de "A Erva do Rato", de Júlio Bressane, que participou recentemente do Festival de Veneza
Ela não lhe esconde ter antecedentes policiais. Acaba de perder o pai, seu único parente. Aliás, é no cemitério que a moça e seu protetor se encontram pela primeira vez. A partir daí, o relacionamento entre os dois se pauta por uma tentativa sutil, mas insistente dele, de romper todos os limites dela. Seu principal hobby é fotografá-la nua, em posições cada vez mais exóticas.

Ao mesmo tempo, cria-se um clima de suspense, porque ele insiste que a casa está sendo invadida por ratos, cujo barulho se escuta à noite. A procura por um veneno ideal - que é o sentido do nome do filme, "A Erva do Rato" - vira uma verdadeira obsessão para ele, um verdadeiro substituto para uma sexualidade reprimida entre o casal.

O filme será novamente exibido amanhã, terça (30), às 16h15, no cine Odeon Petrobras, e na quarta (1), às 15h40 e 22h10, no Estação Vivo Gávea.


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