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Após "Escaravelho", Coleção Vaga-Lume deve ganhar mais quatro filmes

Do UOL, em São Paulo

18/04/2016 15h51

 

O filme "O Escaravelho do Diabo" abriu as portas do cinema para o mundo da coleção Vaga-Lume, popular série de literatura infantojuvenil, hit nas escolas dos anos 1970 a 1990. E há ao menos quatro projetos no papel de adaptações que podem virar filmes em breve.

Entre eles está um dos títulos dos mais vendidos da coleção, "O Mistério do Cinco Estrelas", de Marcos Rey, que estima-se ter vendido quase 3 milhões de exemplares. A trama, que se passa em um hotel luxuoso em São Paulo, não é a única protagonizada por Leo, o mensageiro do hotel, na tela grande.

As investigações lideradas pelo personagem em "O Rapto do Garoto de Ouro" e "Um Cadáver Ouve o Rádio" também tiveram os direitos comprados há três anos pelo produtor Rodrigo Teixeira, da RT Features, responsável pelo brasileiro "Alemão", e as coproduções estrangeiras "A Bruxa" e "Indignação", adaptação do livro de Philip Roth a ser lançado este ano.

Assim como em "O Escaravelho do Diabo", o protagonista da história é um adolescente que se vê envolvido em uma trama de mistério. "Tenho interesse em adaptações, em cinema de gênero, não só infantojuvenil. Ainda não sei se a adaptação será totalmente infantojuvenil. Não tenho ideia ainda", afirmou Teixeira ao UOL, acrescentando que promete novidades para o segundo semestre deste ano.

Infantojuvenil ou não?

O diretor Carlo Milani, que adaptou "O Escaravelho do Diabo" para um público mais infantil, disse que a ideia era atingir a "molecada de hoje", mais aberta para tramas sombrias. "Eles jogam 'Call of Duty' [game de tiro em primeira pessoa]. Tem cabeça cortada, coisa pesada", observou.

Milani disse que leu "O Escaravelho" quando tinha 12 anos e que nunca mais esqueceu. Na sequência, engatou outros títulos da mesma autora, Lucia Machado de Almeida, "As Aventuras de Xisto" e "O Caso da Borboleta Atíria". "Estou conversando sobre uma animação de 'O Caso da Borboleta Atíria'. Estamos tentando nos reconhecer nas telas. Tem um nicho aqui que não está criado ainda".

Das prateleiras às telas

  • Reprodução

    "O Mistério do Cinco Estrelas"

    Foi o livro mais vendido da coleção, depois de "A Ilha Perdida" e "O Escaravelho do Diabo". Leo, bellboy de um hotel luxuoso de São Paulo, acha o corpo de um homem em baixo da cama do quarto do Barão. Ele chama a polícia para investigar o caso, mas fica intrigado e resolve solucionar o caso por conta própria

  • Reprodução

    "O Rapto do Garoto de Ouro"

    Com ajuda dos amigos Gino e Ângela, Leo toma gosto pela investigação e soma forças para resolver o desaparecimento de um amigo de infância, Alfredo. Chamado de "Garoto de Ouro", Alfredo é um dos novos astro da música, mas some no dia em que de seu própria aniversário. Não sem deixar vestígios pelo caminho: o botão de seu jaquete e uma agenda verde

  • Reprodução

    "Um Cadáver Ouve o Rádio"

    Lançado em 1983, fecha a trilogia com a investigação de um cadáver, encontrado em um prédio abandonado. Ao seu lado, um rádio ligado. O delegado Dr. Arruda pede ajuda ao grupo de amigos Léo, Gina e Ângela, para investigar o caso. O corpo encontrado era de um sanfoneiro, que se dava bem com todo mundo

  • Reprodução

    "O Caso da Borboleta Atíria"

    Publicado em 1975, a história de Lucia Machado de Almeira (de "O Escaravelho do Diabo") segue a borboleta Atíria, que nasceu com uma pequena falha em suas asas, impossibilitando que ela consiga voar direito. Criada por uma gentil Jitiranabóia, um dia encontra com o príncipe Gafanhoto e descobre que a futura princesa foi assassinada