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"Mindhunter": Conheça os assassinos e os agentes retratados na série

Do UOL, em São Paulo

26/10/2017 04h00Atualizada em 27/10/2017 10h39

Criada por David Fincher, a série “Mindhunters” já se tornou um dos maiores sucessos recentes da Netflix – e conquistou o público com as histórias de dois agentes do FBI que tentam descobrir como funciona a mente dos serial killers, no fim dos anos 1970.

O que pouca gente sabe é que a história é baseada em fatos reais – mais precisamente, na do ex-agente do FBI John Douglas, que foi quem realmente conduziu esse estudo e entrevistou vários criminosos conhecidos, incluindo Charles Manson, líder do culto que matou a atriz Sharon Tate.

Saiba mais sobre os personagens reais por trás da história:

  • Patrick Harbron/Netflix/Divulgação

    Holden Ford/John Douglas

    O jovem protagonista da trama é levemente baseado em Douglas, que também era agente a Unidade de Ciência Comportamental do FBI. Ele viajou pelos Estados Unidos para conversar com assassinos em séries e traçar o perfil psicológico deles. O agente foi a inspiração para o Jack Crawford de "O Silêncio dos Inocentes" e o Will Graham da série "Hannibal".

  • Patrick Harbron/Netflix/Divulgação

    Bill Tench/ Robert K. Ressler

    O parceiro mais velho de Ford na série é baseado em Robert Ressler, que também era membro da Unidade de Ciência Comportamental. Ele desenvolveu a primeira base de dados de crimes não resolvidos dos Estados Unidos, que ajudou a solucionar vários casos. O agente, que morreu em 2013, foi o responsável por criar o termo "assassino em série".

  • Patrick Harbron/Netflix/Divulgação

    Wendy Carr/ Ann Wolbert Burgess

    Já Wendy, a psicóloga que se junta à dupla do FBI, é baseada em Ann Wolbert Burgess, também parte da UCC. Em 1988, ela publicou, ao lado de Ressler e Douglas, "Sexual Homicide: Patterns and Motives", estudo inédito sobre os assassinos em série. Ela dá aulas na Boston College, e se tornou referência no tratamento de vítimas de trauma e abuso.

  • Reprodução/Netflix

    Dennis Rader, o assassino BTK

    O misterioso homem que aparece nas cenas antes dos créditos de alguns episódios não teve sua identidade revelada na série, mas foi nomeado pela imprensa norte-americana. Aparentemente, quando o vemos na telinha, ele ainda não se tornou um dos assassinos em série mais conhecidos dos Estados Unidos -- e que viria a ser caçado por John Douglas por anos. Ele mesmo se apelidou de BTK, em referência às palavras "bind, torture, kill" (amarrar, torturar e matar), que também representavam seus métodos. Ele matou dez pessoas entre 1974 e 1991, e só foi preso em 2005. Ele foi condenado a dez prisões perpétuas.

  • Divulgação/Netflix

    Ed Kemper

    Grande destaque da primeira temporada da série, o assassino eloquente, falante e com QI alto interpretado por Cameron Britton teve sua história retratada com precisão na série: quando adolescente, matou os avós e ficou preso em um hospital para pessoas com problemas psiquiátricos até seus 21 anos. Entre os anos de 1972 e 1973, ele sequestrou, matou e violou os cadáveres de oito muilheres, incluindo sua própria mãe. Na série, algumas das falas foram tiradas diretamente de entrevistas feitas com o criminoso. Ele segue preso até hoje.

  • Patrick Harbron/Netflix/Divulgação

    Monte Ralph Rissell

    Ele não é tão conhecido como outros citados na série, o que não significa que seus crimes foram menos chocantes. Ele estuprou uma garota quando tinha apenas 14 anos e chegou a ser internado em um hospital psiquiátrico. Quando tinha 19 anos, foi preso por já ter matado cinco pessoas e estuprado pelo menos 12 mulheres. Ele recebeu cinco sentenças de prisão perpétua e ainda está atrás das grades.

  • Netflix/Divulgação

    Jerry Brudos

    Conhecido como o "assassino do fetiche", Brudos começou a se interessar por sapatos femininos ainda quando criança -- e, assim como na série, chegou a tentar roubar um par de sua professora quando era pequeno. Ele foi preso por sequestrar e matar quatro mulheres enquanto usava roupas femininas. O criminoso, que morreu na prisão em 2006, de câncer, era notório por guardar partes dos corpos das vítimas como troféus.

  • Reprodução/Netflix

    Richard Speck

    Ele se tornou um dos criminosos mais conhecidos dos Estados Unidos em 1966, quando torturou e estuprou nove enfermeiras que moravam juntas. Ele matou todas, exceto uma, que conseguiu escapar e alertar a polícia. Na série, ele surge como um homem agressivo que mexe bastante com o idealista Holden Ford. O assassino chegou a ser condenado à morte, mas teve sua pena revertida. Ele morreu em 1991, vítima de um ataque cardíaco dentro da prisão. Cinco anos depois, foi divulgado um vídeo em que ele aparecia cheirando cocaína, fazendo sexo e se gabando da boa vida na prisão, o que causou polêmica nos EUA.

  • Reprodução/Netflix

    Darrell Gene Devier

    O último criminoso a aparecer na primeira temporada também teve sua história com o FBI contada de modo bem fiel. Ele trabalhava podando árvores em uma zona rural e estuprou e matou uma garotinha de 12 anos. John Douglas afirmou que este foi o primeiro caso em que ele "produziu" um interrogatório e, assim como na série, ele usou certos recursos para obter uma confissão, incluindo expor a pedra usada no crime e uma pasta de arquivos falsa, bem recheada, para dar a impressão de que os policiais tinham muitos indícios contra ele.