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Ai Weiwei manda cadeira vazia para representá-lo em festival de cinema

4.nov.2013 - Artista chinês Ai Weiwei envou cadeira a festival de cinema na Suécia como forma de protesto com a impossibilidade de sair de seu país por causa de ordens do governo - JONATHAN NACKSTRAND/AFP
4.nov.2013 - Artista chinês Ai Weiwei envou cadeira a festival de cinema na Suécia como forma de protesto com a impossibilidade de sair de seu país por causa de ordens do governo Imagem: JONATHAN NACKSTRAND/AFP

06/11/2013 09h23

O artista chinês Ai Weiwei denunciou nesta terça-feira, em um vídeo difundido em Estocolmo, a "detenção suave" a que é submetido na China e que o impediu de ir à capital sueca para participar do júri do Fest Film da Suécia.

Ai Weiwei, de 56 ano e proibido de deixar a China, é representado por uma cadeira vazia no evento.

"Lamento não poder comparecer. Por isso, concebi e enviei um objeto simbólico", afirmou o artista plástico.

"Espero que isso possa dar uma certa ideia da forma com que as autoridades podem limitar a liberdade de expressão, limitar os direitos humanos, fundamentais dos artistas, o direito de viajar ou de participar em atividades culturais", disse ainda.

"Continuo vivendo numa espécie de detenção suave. Meu passaporte continua nas mãos das autoridades", recordou.

A cadeira inspirada no estilo da dinastia Ming (séculos XIV a XVII), enviada de Pequim, foi colocada entre os outros membros do júri e diante de uma tela onde se vê o rosto do artista.

Ai Weiwei é conhecido no exterior por denunciar as violações dos direitos humanos na China e ficou detido durante 81 doas na China, acusado de evasão fiscal.