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Guerreiros de "300" voltam ao campo de batalha com um toque feminino

07/03/2014 12h28

Oito anos depois do sucesso de "300", o diretor e produtor Zack Snyder retorna para levar os gregos ao campo de batalha com "300: A Ascensão do Império", um épico sangrento no qual as mulheres tomam o poder.

O filme, que estreia nesta sexta-feira (7), não é uma sequência nem conta o que ocorreu antes de "300" (2006).

De fato, enquanto os 300 espartanos comandados pelo rei Leônidas morrem na violenta batalha de Termópilas, Temístocles enfrenta os persas no mar, ao longo de Salamina.

"300" arrecadou mais de 450 milhões de dólares, graças a efeitos especiais de tirar o fôlego - sequências em câmera lenta, cores saturadas, com um visual que chegava a lembrar desenhos animados -, que viraram a marca registrada de Zack Snyder.

Depois de escrever o roteiro de "300: A Ascensão do Império", o cineasta se dedicou a "O Homem de Aço".

"Era impossível dirigir. E foi uma decisão difícil, algo como 'deveríamos buscar outro diretor'", explica Zack Snyder.

Para a nova produção, a direção ficou com o israelense Noam Murro, com Snyder como produtor.

Com a morte de quase todos os guerreiros na batalha de Termópilas, o novo "300" não tem quase nenhum personagem do filme anterior, com exceção do implacável rei dos persas, Xerxes, interpretado pelo brasileiro Rodrigo Santoro.

"Tinha que ser coerente com o que fiz no primeiro filme", disse o ator à AFP.

"Mas nestes anos eu mudei, tenho uma maneira diferente de ver as coisas. E é um verdadeiro desafio interpretar o mesmo personagem com um novo enfoque", comentou.

Se a legião de guerreiros - com Sullivan Stapleton no papel de Temístocles - dá ao filme a indispensável dose de testosterona, são as mulheres que comandam a história, especialmente Eva Green no papel de Artemísia, braço direito de Xerxes e comandante de seu exército.

"Não é comum ver mulheres fortes durante lutas em um filme de ação. Ela é como um homem no corpo de uma mulher", declarou a atriz.

Vítima de atrocidades durante a infância, Artemísia "construiu uma armadura para sobreviver", destaca.

"Mas está seca por vingança, algo que a cega e deixa obcecada. Está completamente louca".

A atriz admite que o treinamento para as cenas de ação foi difícil.

"Sou tão pouco atleta que foi um verdadeiro desafio. No fim você se sente poderosa", admitiu.