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Ex-funcionários processam Sony após hackers divulgarem dados confidenciais

16/12/2014 21h26

Ex-funcionários da Sony Pictures estão processando os estúdios por causa do ciberataque que vazou milhares de dados da companhia, informaram nesta terça-feira (16) advogados envolvidos com o caso. Entre as informações confidenciais obtidas pelos hackers estão cerca de 47 mil números de identificação de segurança social e expedientes de empregados, incluindo salários e históricos médicos.

A denúncia, apresentada a um tribunal de Los Angeles (EUA), afirma que "a Sony fracassou na hora de garantir e proteger seus sistemas informáticos, assim como sua base de dados, o que a levou à difusão de informação confidencial dos demandantes e outros companheiros". O ciberataque aconteceu no dia 24 de novembro por um grupo autodenominado "Guardians of Peace" (Guardiões da Paz, em tradução), ou "GOP".

"É um pesadelo épico que mais corresponde a um thriller do que à vida real, e que se desenrola em câmera lenta para os funcionários atuais e antigos da Sony", diz a denúncia, de 45 páginas.

A demanda foi apresentada na segunda (15) por ex-funcionários dos estúdios de cinema, representando um grupo de pessoas afetadas pelo vazamento de informação, explicaram nesta terça-feira os advogados do escritório Keller-rohrback, que enviaram à agência AFP uma cópia da denúncia.

"Devido ao fracasso da Sony em proteger dados confidenciais de seus funcionários atuais e antigos, este conteúdo está agora na internet, o que pode significar uma situação perigosa para essas pessoas", descreve a ação.

Durante uma reunião na segunda (15) com o pessoal da Sony na sede de Los Angeles, os encarregados da empresa garantiram que o ciberataque não afundará os estúdios, apesar de o "GOP" ter prometido um novo grande vazamento de dados como "presente de Natal".

"Isto não nos destruirá", afirmou o presidente Michael Lynton. "Não há motivo para se preocupar com o futuro deste estúdio", acrescentou o comunicado.

Segundo a imprensa, o ataque informático estaria relacionado com a estreia, no dia 25 de dezembro, de "A Entrevista", uma comédia sobre um plano fictício da CIA para assassinar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un.