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Documentário sobre a revista "Charlie Hebdo" será lançado nos EUA

Cartaz de "C'Est Dur D'Être Aimé par des Cons" - Reprodução - Reprodução
Cartaz do documentário "C'Est Dur D'Être Aimé par des Cons"
Imagem: Reprodução

De Berlim

10/02/2015 19h12

O documentário sobre o processo envolvendo a reprodução de caricaturas de Maomé pela revista francesa "Charlie Hebdo" foi vendido a uma distribuidora norte-americana para ser lançado nos Estados Unidos, informou nesta terça-feira (10) à AFP seu distribuidor francês (veja o trailer do filme acima, em francês).

O filme "C'Est Dur D'Être Aimé par des Cons" ("É difícil ser amado por idiotas", na tradução literal), de Daniel Leconte, saiu discretamente na França em 2008, e segue em tempo real o processo que organizações muçulmanas entraram contra a "Charlie Hebdo" por ter reproduzido, em 2006, 12 caricaturas dinamarquesas de Maomé. O documentário foi visto por 50 mil pessoas na França.

"Nós vendemos o filme para a distribuidora americana Kino Lorber", informou Eric Lagesse, presidente da distribuidora Pyramide, detentora dos direitos do documentário.

"Há um circuito alternativo muito ativo nos Estados Unidos, com as universidades, e eu acho que é assim que o filme vai rodar", avaliou Lagesse, explicando ter recebido inicialmente "pedidos diretos das salas de cinema para mostrar o filme" em Los Angeles e Nova York.

"Estamos em negociação com suíços, italianos e alemães", disse ainda, indicando que o filme também foi vendido para distribuidoras de televisão na Dinamarca e na Alemanha.

Na França, "C'Est Dur D'Être Aimé par des Cons" foi reprisado em uma centena de cidades após o atentado de 7 de janeiro contra a revista satírica, no qual 12 pessoas foram mortas. O documentário também acaba de ser relançado em DVD. A arrecadação total será revertida para a "Charlie Hebdo".

A Unifrance, organismo de promoção do cinema francês, também disponibilizou o filme na internet durante o festival online de cinema "My French Film Festival", que começou no último 16 de janeiro. O filme já foi visto 10 mil vezes, segundo cálculos da entidade.