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Filme com Meryl Streep sobre movimento feminista abre Festival de Londres

Meryl Streep em "Suffragette"; filme mostra gênese do movimento feminista britânico - Reprodução
Meryl Streep em "Suffragette"; filme mostra gênese do movimento feminista britânico Imagem: Reprodução

Londres (Reino Unido)

07/10/2015 14h33

O Festival de Cinema de Londres (LFF) foi inaugurado nesta quarta-feira (7) com "Suffragette", uma homenagem às feministas britânicas que lutaram pelo direito de voto e que é estrelado por Meryl Streep.

"É um filme tão importante...", declarou a atriz americana, três vezes vencedora do Oscar, que interpreta Emmeline Pankhurst, que fundou em 1903 a União Social e Política das Mulheres, para exigir o direito de voto para as mulheres no Reino Unido.

O filme narra os problemas enfrentados por Pankhurst por ter incitado as mulheres a desobediência civil pedradas nas janelas, incêndios, manifestações depois de anos exigindo em vão o direito de voto.

Streep aparece apenas alguns minutos na tela, porque Sarah Gavron, a diretora, e Abi Morgan, o roteirista, escolheram contar a história do ponto de vista de Maud, interpretada pela atriz britânica Carey Mulligan, uma trabalhadora de uma lavanderia da Londres de 1912, casada com uma colega e mãe de uma criança pequena.

"Não se trata de mulheres de um meio favorecido. É a história de uma menina da classe trabalhadora, e, portanto, nos permite entrar facilmente nela", afirma Streep.

No início, Maud se compromete timidamente com a luta, tão surpresa quanto seduzida por apedrejar as janelas das lojas do West End de Londres.

Mas logo percebe que quer algo mais do que uma vida sob o controle de um chefe estuprador, submetida a injustiças e ao silêncio.

Incentivada pela solidariedade entre as sufragistas, mergulha em ações clandestinas, particularmente ao lado de Edith (Helen Bonham Carter), uma farmacêutica.

Maud enfrenta golpes da polícia, celas insalubres, a rejeição de seu marido e de sua vizinhança, e a privação de ver seu filho. Mas dia após dia se convence de que não haverá um futuro melhor sem mais direitos.

"O filme não se parece com um documentário histórico, é um filme sobre o que acontece hoje", disse Carey Mulligan.