Em Veneza, cineasta iraniana denuncia situação de seu país no filme "Green Days"
VENEZA, 11 SET (ANSA) - A iraniana Hana Makhmalbaf, diretora de "Green Days", exibido hoje fora da mostra competitiva no 66º Festival Internacional de Cinema de Veneza, afirmou que as condições de vida em seu país mudaram após a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
"As condições de vida no Irã mudaram: muitas pessoas abandonaram o país, muitos foram aprisionados, torturados, violentados. O meu povo é refém, eu sou refém", denunciou a cineasta, filha de Mohsen Makhmalbaf ("Gabbeh")e irmã de Samira Makhmalbaf "A Maçã".
"Green Days" usa imagens feitas com celular para falar sobre a expectativa dos iranianos de eleger o candidato de oposição, o moderado Mir Hussein Mousavi, e os dias que se seguiram à confirmação do resultado do pleito, com protestos reprimidos pela polícia, que deixaram pelo menos 20 mortos.
"O cinema tem a função de testemunho. Sou o espelho do meu país, que não para de lutar. Cada iraniano hoje é um embaixador. Assim como [Adolf] Hitler e Saddam [Hussein], o destino de todos os fascismos está selado, não durará para sempre", continuou a diretora de 21 anos.
As eleições no Irã aconteceram em junho deste ano e reelegeram Ahmadinejad, em meio a acusações da oposição de fraude eleitoral. Na época, o povo iraniano saiu às ruas para contestar o resultado.
A imprensa que participava da cobertura das eleições foi censurada, de modo que a grande fonte de informações sobre a situação do Irã passou a ser os vídeos feitos por celular, divulgados na internet pelos manifestantes.
O Festival de Cinema de Veneza, que começou no último dia 2, acaba neste sábado.
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Cena do filme ''Green Days'', fora de competição no Festival de Veneza
"As condições de vida no Irã mudaram: muitas pessoas abandonaram o país, muitos foram aprisionados, torturados, violentados. O meu povo é refém, eu sou refém", denunciou a cineasta, filha de Mohsen Makhmalbaf ("Gabbeh")e irmã de Samira Makhmalbaf "A Maçã".
"Green Days" usa imagens feitas com celular para falar sobre a expectativa dos iranianos de eleger o candidato de oposição, o moderado Mir Hussein Mousavi, e os dias que se seguiram à confirmação do resultado do pleito, com protestos reprimidos pela polícia, que deixaram pelo menos 20 mortos.
"O cinema tem a função de testemunho. Sou o espelho do meu país, que não para de lutar. Cada iraniano hoje é um embaixador. Assim como [Adolf] Hitler e Saddam [Hussein], o destino de todos os fascismos está selado, não durará para sempre", continuou a diretora de 21 anos.
As eleições no Irã aconteceram em junho deste ano e reelegeram Ahmadinejad, em meio a acusações da oposição de fraude eleitoral. Na época, o povo iraniano saiu às ruas para contestar o resultado.
A imprensa que participava da cobertura das eleições foi censurada, de modo que a grande fonte de informações sobre a situação do Irã passou a ser os vídeos feitos por celular, divulgados na internet pelos manifestantes.
O Festival de Cinema de Veneza, que começou no último dia 2, acaba neste sábado.
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