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Meryl Streep pede para que público veja humanidade em sua versão de Margareth Thatcher para "A Dama de Ferro"

Meryl Streep participa da première de "A Dama de Ferro" em Londres (4/1/2011) - REUTERS/Finbarr O"Reilly
Meryl Streep participa da première de "A Dama de Ferro" em Londres (4/1/2011) Imagem: REUTERS/Finbarr O'Reilly

JILL LAWLESS

04/01/2012 20h40

Meryl Streep estreia o longa “A Dama de Ferro” em Londres nesta quarta-feira (4) e diz que interpretar Margaret Thatcher foi um desafio – embora sua longa experiência no cinema tenha ajudado a atriz a compreender as lutas da primeira-ministra britânica. “Foi extremamente difícil, porque eu sou de New Jersey”, disse. 

Streep conta que o fato de ter estudado em um rigoroso colégio feminino em New Hampshire e depois fazer intercâmbio em uma faculdade só de homens na década de 70 a ajudou a entender o isolamento de Thatcher . “Havia 60 de nós entre seis mil homens, tive um flashback nesse momento”, conta a atriz.

Com 62 anos, Meryl foi nomeada para um Globo de Outro e parece provável conseguir uma indicação ao Oscar por sua performance como Thacher, que liderou a Grã-Bretanha de 79 a 90. Nesse período, a “dama de ferro” viu a queda do Muro de Berlin, a implosão do comunismo e ainda travou uma guerra com Argentina pelas ilhas Falkland.

O filme tem sido chamado de biografia política pelos críticos, mas não é essa a imagem que a atriz quer passar. “Estava interessada nele precisamente porque não era isso. É um olhar muito profundo em toda uma vida”, explica.

A história é baseada em um livro escrito por Carol Thatcher, em que descreve o declínio mental de sua mãe. “Se Margaret Thacher sofria de um problema de pulmão e eu tossisse, ou se ela tivesse algo de errado com as pernas e eu mancasse ninguém iria brigar por isso”, defende Streep. “O estigma ligado à fragilidade mental em nossa cultura diz que isso é vergonhoso. É vergonhoso? Claro que não. As coisas não devem ser escondidas”.

"Ela foi considerada a mulher mais odiada da Grã-Bretanha por causa das políticas que muitas pessoas que ainda estão no mundo político ajudaram a construir, e elas não recebem o mesmo ódio", disse Streep. 

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