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"Ben Affleck foi roubado", diz Bradley Cooper sobre Oscar ter ignorado diretor

Ben Affleck dirige cena de "Argo", longa sobre a Revolução do Islâmica no Irã - PictureLux/Brainpix
Ben Affleck dirige cena de "Argo", longa sobre a Revolução do Islâmica no Irã Imagem: PictureLux/Brainpix

Antonio Martín Guirado

Da EFE, em Los Angeles

12/01/2013 07h58

Se por um lado deixou muitos profissionais orgulhosos de seu trabalho, o Oscar causou grandes surpresas ao anunciar seus indicados na última quinta-feira (9), ignorando, entre outros, Leonardo Di Caprio, Ben Affleck, Kathryn Bigelow e Marion Cotillard, nomes dados como certos por praticamente todos os especialistas.

As ausências principais estão na categoria de melhor diretor, onde concorrerão pela estatueta Michael Haneke ("Amor"), Benh Zeitlin ("Indomável Sonhadora"), Ang Lee ("As Aventuras de Pi"), Steven Spielberg ("Lincoln") e David O. Russell ("O Lado Bom da Vida").

Affleck e Bigelow, assim como Tom Hooper, pareciam apostas seguras para entrar nessa lista graças a seus trabalhos à frente de "Argo", "A Hora Mais Escura" e "Os Miseráveis", respectivamente. Além disso, os três foram lembrados pelo Sindicato de Diretores dos Estados Unidos.

Bigelow foi a primeira mulher na história a levar o Oscar de melhor direção, por "Guerra ao Terror", enquanto Hooper venceu em 2010 com "O Discurso do Rei". Por outro lado, Affleck buscava sua primeira indicação nesta categoria. 

"Devo dizer que Ben Affleck foi roubado", afirmou por telefone Bradley Cooper, candidato a melhor ator por "O Lado Bom da Vida", durante sua participação no programa "Today".

"É como o Matt Damon dos diretores", acrescentou Seth MacFarlane, o apresentador da cerimônia do Oscar, dentro do programa "Live with Kelly and Michael", em alusão ao "esquecimento" da Academia nos últimos anos com relação a Damon, um dos grandes amigos de Affleck.

Melhores filmes
Com a lista dos cinco candidatos a melhor filme não foi diferente, uma vez que muitos esperavam uma nomeação para os independentes "Moonrise Kingdom", "O Mestre" e "O Exótico Hotel Marigold".

Também parecia provável a inclusão de "007 - Operação Skyfall" no 50º aniversário de nascimento de James Bond, assim como uma nomeação para o espanhol Javier Bardem por seu papel de vilão no longa, especialmente após sua presença entre os candidatos ao prêmio do SAG (Sindicato dos Atores dos Estados Unidos).

Com menos possibilidades partiam grandes sucessos de bilheteria como "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge", "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada" e "Os Vingadores".

Interpretações esquecidas
Os casos mais chamativos, no entanto, estão nas categorias de interpretação. Leonardo Di Caprio, nomeado três vezes ao Oscar, viu sua vaga na categoria de melhor ator coadjuvante --à qual aspirava por "Django Livre"-- ser ocupada por seu companheiro de elenco Christoph Waltz.

Na categoria de ator principal soava com força o nome de John Hawkes por "As Sessões", a história de um homem que perdeu os movimentos do corpo e é iniciado no sexo por uma prostituta. Outro "esquecido" foi Richard Gere ("A Negociação"), que ainda busca sua primeira candidatura.


 

Entre as mulheres, muitos ainda se perguntam o porquê de a francesa Marion Cotillard não ter sido indicada por seu papel em "Ferrugem e Osso". Em menor medida, os sobressaltos seguiram com as ausências de Helen Mirren ("Hitchcock"), Maggie Smith ("O Exótico Hotel Marigold") e Nicole Kidman ("Um Rapaz do Sul").

Além disso, entre as animações poucos esperavam a presença de "Piratas Pirados!" em vez de títulos mais famosos, como "A Origem dos Guardiões" e "Hotel Transilvânia".

Por fim, ficou de fora "Intocáveis", o impressionante sucesso francês e a priori um dos filmes com mais chances de estar presente na cerimônia de 24 de fevereiro entre os longas de língua não inglesa.