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Após 5 anos de hiato, Miyazaki estreia nova animação nos cinemas japoneses

Cena de "Kaze Tachinu" (2013), animação de Hayao Miyazaki - Divulgação
Cena de "Kaze Tachinu" (2013), animação de Hayao Miyazaki Imagem: Divulgação

20/07/2013 07h23

O grande mestre da animação japonesa, Hayao Miyazaki, o mesmo criador de "A Viagem de Chihiro", estreou neste sábado nos cinemas do Japão o esperado filme "Kaze Tachinu", que aborda a história de um projetista de aviões da Segunda Guerra Mundial.

Após cinco anos da estreia de seu último filme, "Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar", Miyazaki apresenta agora uma trama baseada no livro do escritor Tatsuo Hori e centrada na vida do jovem engenheiro aeronáutico Jiro Horikoshi, inventor do modelo do mítico avião "Zero-sen", utilizado pelo exercito japonês entre 1940 e 1945.

A nova produção do premiado diretor, qualificada como "um cru relato de guerra sobre destruição, amor e esperança", também leva o título do mangá realizado anteriormente pelo artista sobre o mesmo Horikoshi, o qual foi publicado em várias partes pela revista "Model Graphics".

Assista ao trailer de "Kaze Tachinu"

Em entrevista à agência "Kyodo" pala falar sobre uma das estreias mais aguardadas para este fim de semana, o diretor e produtor qualificou o personagem central de seu novo trabalho como "um dos japoneses mais brilhantes de sua época".

Miyazaki, de 72 anos e responsável por clássicas animações, como "Meu Amigo Totoro", "A Viagem de Chihiro" e "O Castelo Animado", não estreava uma fita assinada por ele desde ""Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar", o filme que mais arrecadou em bilheteira no Japão em 2008.

Segundo o proprietário da Ghibli, trata-se de uma história arriscada, já que, segundo ele, havia muitos questionamentos em torno de um filme que fala sobre um homem que desenha armas para crianças.

"Faça o que fizer é impossível não prejudicar alguém em algum momento de sua vida. É errôneo qualificar de más pessoas aqueles que fabricam armas", afirmou o diretor ao defender seu personagem.

Além disso, o cultuado diretor reconheceu que, ao ver seu último longa-metragem, chorou pela primeira em sua vida diante de uma de suas obras, já que, na ocasião, ele se deu conta que tinha conseguido terminá-lo "graças à amizade e ao esforço realizado durante muito tempo".