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Atores de "Star Wars" participam de eventos com fãs, mas evitam comentar novo filme

Javier Herrero

De Essen (Alemanha)

26/07/2013 15h53

Nem Mark Hamill, nem Carrie Fisher abriram o bico. "Não haverá perguntas sobre a nova trilogia, vamos nos concentrar somente na parte do legado", advertiu o apresentador do debate que abriu nesta quinta (25) a grande convenção europeia da cultuada saga "Star Wars".

"Existe alguém hoje em dia que ainda não tenha visto a famosa saga?", perguntava um dos muitos jornalistas que participam do evento para homenagear mais uma vez este fenômeno que, desde 1977, ano de estreia de "Guerra nas Estrelas", emocionou pelo menos três gerações.

"Agora eu vejo os filmes em blu-ray com meus netos", confessou o caçador de recompensas Boba Fett, isto é, o ator Jeremy Bulloch, que também participa do evento junto com outros carismáticos rostos da série como Anthony Daniels (C3PO), Ian McDiarmid (imperador Palpatine) e Peter Mayhew (Chewbacca).

O encontro, que começa nesta sexta-feira e vai até domingo, abrirá suas portas ao público em Essen (oeste da Alemanha) e contará com todo o tipo de atividades e debates para os fãs dos Jedi, que querem saber mais sobre a possibilidade do relançamento da série em 2015 graças à Disney e ao diretor J.J. Abrams.

À espera de novidades, a convenção permitiu mais uma vez relembrar o "legado" e a paixão que os seis filmes da saga despertam nos admiradores, alguns deles que percorreram mais de 200 quilômetros de bicicleta para comparecer ao encontro, em uma autêntica amostra do uso da "força" interior.

Dentro do salão principal onde acontece o evento, os fãs se deparam com uma recriação do palácio de Jabba the Hutt em Taooine e de um "walker", um dos gigantescos veículos que avançam sobre pernas mecânicas.

Já chegaram por aqui os membros da chamada "Legião 501", voluntários figurantes que aguentam o peso e o calor das fantasias de plástico das robóticas milícias do lado negro gratuitamente, por várias horas seguidas.

Também vale levar em conta a habilidade e a perícia de quem lida com o controle remoto de versões do robô R2D2 em tamanho real, construído na casa de fãs que investem muito tempo e dinheiro no projeto.

"Demorei um ano e meio para construir a estrutura na minha casa. Depois demorei outros dois anos fazendo a parte tecnológica. Se tudo sai bem de primeira, você gasta cerca de US$ 4 mil, mas o mais provável é que alcance os US$ 6,6 mil com as várias tentativas", relatava um engenheiro amador aos comandantes de um console de videogames que funcionava como controle remoto do seu robô.

Este tipo de atividade paralela é tão difundido no evento que os próximos dias serão dedicados ao projeto de robôs, ao desenho de tatuagens sobre a saga e à troca de material colecionável.

Além disso, aproveitando o 30º aniversário da estreia de "Star Wars: Episódio VI - O Retorno do Jedi", a reunião exibirá uma projeção do clássico ao ar livre, sob as estrelas dessa "galáxia muito, muito distante" que alimentou os sonhos de tantos terráqueos.