Morre o ator argentino Alfredo Alcón aos 84 anos
O ator argentino Alfredo Alcón, com premiada trajetória no teatro e cinema, morreu nesta sexta-feira (11), em Buenos Aires, aos 84 anos, de acordo com parentes do artista. O astro foi vítima de uma insuficiência respiratória, em sua casa, segundo informaram os meios de comunicação local.
Internado em um sanatório da capital argentina há quatro meses, Alcón protagonizou cerca de 40 filmes, também atuou na televisão e tem uma extensa e premiada trajetória nos palcos como diretor teatral. "Morreu Alfredo Alcón. A cidade que o venerou, hoje chora", disse o ministro da Cultura de Buenos Aires, Hernán Lombardi.
Carreira
Considerado o melhor ator de sua geração, particularmente por suas interpretações de clássicos teatrais de William Shakespeare, Arthur Miller, Tennessee Williams e Henrik Ibsen, Alcón nasceu no dia 3 de março de 1930. Ele também atuou fora da Argentina, no Teatro Nacional Espanhol e no Teatro Nacional María Guerrero, de Madri. Seu último trabalho nos palcos foi "Final de Partida", de Samuel Beckett, peça que protagonizou no ano passado no teatro San Martín, em sua terra natal.
Sua carreira não foi menos frutífera no cinema, no qual atuou em filmes como "Nazareno Cruz y el lobo" (1975), de Leonardo Favio, "Los inocentes" (1964), de Juan Antonio Bardem, e "En la ciudad sin límites" (2002), de Antonio Hernández.
Entre muitos reconhecimentos, Alcón ganhou o prêmio de melhor ator no Festival Internacional de Cinema de Cartagena, além dos principais prêmios das artes cênicas e cinematográficas da Argentina. "Toda sua trajetória é respeitável. Era desses atores que faziam realmente o que acreditavam que tinham que fazer, com todo o respeito", disse a atriz Cipe Lincovsky ao saber da morte de Alcón.
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