Mostra de São Paulo mostra identificação com cinema alemão com prêmio
A diretora da Mostra de Cinema de São Paulo, Renata Almeida, justificou nesta quinta-feira (30) a vitória no festival do filme alemão 'Entre Mundos' por entender que "o público brasileiro se identifica com os filmes alemães, embora nem tanto com sua cultura".
Renata enfatizou à Agência Efe que "os brasileiros gostam muito o cinema alemão" e como prova assinalou que as produções deste país foram vencedoras de várias outras edições da mostra.
O longa-metragem, dirigido pela austríaca Feo Aladag, ganhou o prêmio de melhor filme de ficção, em uma apertada votação do público, que selecionou este e outros dez filmes como candidatos ao prêmio.
No final, o júri do festival decidiu premiar o drama de Aladag, que já havia sido vencedor, há quatro anos, em São Paulo com a produção 'A estranha'.
O prêmio de melhor documentário também foi para outro filme alemão, 'A guerra das patentes' de Hannah Léonie Prinzler.
Renata destacou que este ano houve "surpreendentemente" um empate entre os filmes favoritos do público: a co-produção argentino-espanhola 'Relatos Selvagens' de Damián Szifrón, a filipina 'From what is before' de Lav Diaz e a suíça 'Sam' de Elena Hazanov.
O melhor filme brasileiro de ficção foi 'A história da eternidade' de Camilo Cavalcante e, como melhor documentário internacional, 'Charles Chaplin: a lenda do século' do francês Frédéric Martin.
Embora a mostra tenha terminado portas oficialmente ontem, ainda há algumas atividades programadas "não competitivas".
A mais esperada, e que a cada ano supera os 15 mil espectadores é uma sessão de cinema ao ar livre em frente do Auditório do Parque Ibirapuera, que acontece neste domingo com uma homenagem ao centenário de criação do personagem Carlitos.
Será exibida uma cópia restaurada de 'O circo'.
O evento, segundo Renata, "já se transformou em uma tradição da mostra, quase em uma comemoração".
Com 331 filmes em cartaz, o festival homenageou a indústria espanhola, em especial o diretor Pedro Almodóvar, que "criou um novo estilo e se transformou inclusive em adjetivo", destacou Renata.
O sotaque hispânico da programação se materializou na seção 'Foco Espanha', que incluiu a exposição 'México Fotografado por Luis Buñuel', uma exibição de 85 fotos tiradas pelo ícone do cinema surrealista entre 1947 e 1965 enquanto buscava localizações para seus filmes.
Mas o evento mais esperado entre os profissionais da indústria cinematográfica foi, sem dúvida, o encontro para incentivar as co-produções entre Espanha e Brasil, organizado pelo Cinema do Brasil, junto com a Fundação SGAE e pelo Instituto da Cinematografia e das Artes Audiovisuais (ICAA) da Espanha.
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