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Academia entregará Oscar honorário em Los Angeles neste sábado

A atriz Maureen O"Hara, que receberá o Oscar honorário por sua carreira - Annie I. Bang/AP
A atriz Maureen O'Hara, que receberá o Oscar honorário por sua carreira Imagem: Annie I. Bang/AP

De Los Angeles

07/11/2014 18h54

A Academia de Hollywood entregará neste sábado (8) o Oscar honorário a Maureen O'Hara, Hayao Miyazaki, Jean-Claude Carrière e Harry Belafonte, em uma festa que acontecerá na sala Ray Dolby, do Hollywood & Highland Center, em Los Angeles.

"Estes prêmios nos permitem refletir não apenas sobre os filmes deste ano, mas sobre as conquistas de uma vida inteira. Estamos absolutamente entusiasmados para homenagear estes destacados membros de nossa comunidade", disse em comunicado Cheryl Boone Isaacs, presidente da Academia.

Maureen O'Hara, nascida em Dublim, Irlanda, chegou a Hollywood em 1939 para protagonizar "O Corcunda de Notre Dame" junto a Charles Laughton. Ao longo de sua carreira, participou de produções como "Esta Terra é Minha" (1943), "A Vida Íntima de uma Mulher" (1949) e as primeiras versões de "Milagre na Rua 34" (1947) e "Operação Cupido" (1961).

Tornou-se uma das atrizes favoritas do cineasta John Ford, que contou com ela em cinco de suas obras, inclusive "Como Era Verde o Meu Vale" (1941) e "Depois do Vendaval" (1952).

Já o japonês Hayao Miyazaki é roteirista, diretor e produtor três vezes candidato ao Oscar na categoria do melhor animação, troféu que conquistou em 2002 com "A Viagem de Chihiro".

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O cineasta Hayao Miyazaki
Imagem: Andrew Medichini/AP


Cofundador do Studio Ghibli, com sede em Tóquio, Miyazaki conseguiu reconhecimento em seu país graças a trabalhos como "Nausicaa - A Princesa do Vale dos Ventos" (1984), "O Castelo no Céu" (1986), "Meu Amigo Totoro" (1988) e "O Serviço de Entregas da Kiki" (1989), antes de assombrar o mundo com o popular "Princesa Mononoke" (1997).

Por sua vez, Jean-Claude Carrière começou sua carreira como romancista, escrevendo roteiros sob o comediante francês Pierre Étaix, com que dividiu o Oscar de melhor curta-metragem ("Heureux Anniversaire") em 1962.

Roteirizou obras de Volker Schlöndorff ("O Tambor", 1979), Jean-Luc Godard ("Salve-se Quem Puder", 1980) e Andrzej Wajda ("Danton - O Processo da Revolução", 1983), e recebeu outras duas indicações durante seus quase 20 anos de colaborações com Luis Buñuel pelos roteiros de "O Discreto Charme da Burguesia" (1972) e "Esse Obscuro Objeto do Desejo" (1977). A quarta indicação ganhou por "A Insustentável Leveza do Ser" (1988), de Philip Kaufman.

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O cantor e ator Harry Belafonte
Imagem: Kathy Willens/AP
Todos eles receberão o Oscar honorário, enquanto Harry Belafonte receberá o Prêmio Humanitário Jean Hersholt, que também tem a forma da estatueta dourada. Ator, produtor, cantor e ativista, Belafonte começou a trabalhar em teatros e clubes do Harlem (Nova York), onde nasceu.

Desde o começo, escolheu projetos que falavam sobre o racismo e as injustiças sociais, como "Carmen Jones" (1954), "Homens em Fúria" (1959) e "O Diabo, a Carne e o Mundo" (1959). Envolveu-se, nas manifestações pelos direitos civis organizadas por Martin Luther King Jr. e, frequentemente, as financiava com seu dinheiro proveniente do mundo do entretenimento.

Belafonte foi nomeado embaixador de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 1987.