EUA mantêm acusação contra Coreia do Norte por ciberataque à Sony
O governo dos Estados Unidos manteve neste sábado (20) a acusação contra a Coreia do Norte pelo ciberataque perpetrado contra Sony e pediu ao Executivo norte-coreano que compense à companhia pelos danos causados.
Os Estados Unidos sustentaram sua posição depois que o governo norte-coreano negou as acusações de estar por trás do ciberataque e propôs ao país investigá-lo de maneira conjunta ou do contrário, ameaçou com "grandes consequências".
"Se o governo da Coreia do Norte quer ajudar, têm que admitir sua culpabilidade e compensar a Sony pelos danos que este ataque causou", indicou em declarações à Agência Efe, Mark Stroh, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Stroh indicou que "como deixou claro o FBI, tem certeza que o governo da Coreia do Norte é responsável por este ataque destrutivo", no qual um grupo de hackers autodenominados "Guardians of Peace", roubaram dados de mais de três mil empregados da companhia, e-mails e cinco filmes.
Perante a rejeição do governo norte-coreano de estar por trás do ataque, o porta-voz americano assinalou que Pyongyang "tem um longo histórico de negar sua responsabilidade em ações destrutivas e provocativas".
Os ciberatacantes ameaçaram tomar ações nos cinemas se fosse projetado o filme de "A Entrevista", uma comédia que narra uma trama fictícia da CIA para assassinar Kim Jong-un, que estava prevista para estrear em 25 de dezembro e teve sua estreia cancelada.
FBI acusou Coreia do Norte
O FBI, órgão federal de investigação dos Estados Unidos, anunciou nesta sexta-feira que a Coreia do Norte foi responsável pelo ataque hacker à Sony Pictures.
"Como resultado da nossa investigação e em colaboração com outros departamentos e agências do governo, o FBI agora tem informações suficientes para concluir que o governo da Coreia do Norte é responsável por essas ações", disse a agência em comunicado. "Estes atos de intimidação são um comportamento inaceitável de um Estado", acrescentou o texto.
Segundo o FBI, a conclusão se baseia em análise técnica do malware usado no ataque, que tem ligação com o programa usado por agentes coreanos em outras ocasiões. Além disso, também foram identificadas coincidências entre a infraestrutura usada no ataque e outras ações cibernéticas maliciosas que o governo americano atribui diretamente à Coreia do Norte.
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