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Angelina Jolie: os 40 anos da maior estrela feminina de Hollywood

De Los Angeles (Estados Unidos)

04/06/2015 21h36

Ela tem dois prêmios Oscar, uma carreira invejável, uma numerosa família ao lado de um dos homens mais desejados do mundo e exala o glamour das grandes divas de Hollywood, mas Angelina Jolie, que completou 40 anos nesta quinta-feira, sabe que seu poder na indústria está dando apenas os seus primeiros passos.

"Ela possui uma incrível combinação de beleza, inteligência e talento, um triplo triunfo que a transforma em membro de um clube muito exclusivo. Ela tem a rara habilidade de transitar, aparentemente sem esforço, entre os papéis de mãe, esposa, ativista, atriz, diretora, roteirista, produtora, filantropa e demonstra grande paixão em tudo o que faz", disse à Agência Efe Paul Dergarabedian, analista de mídia da Rentrak, empresa especializada em medição de audiências digitais.

Angelina com o Oscar de melhor atriz codjuvante por "Garota Interrompida" (1999) - Getty Images - Getty Images
Angelina com o Oscar de melhor atriz codjuvante por "Garota Interrompida" (1999)
Imagem: Getty Images

Sua primeira estatueta dourada foi com "Garota, Interrompida" (1999) e, desde então, não parou de crescer na telona, seja com heroínas de filmes de ação (de "Lara Croft: Tomb Raider" a "60 Segundos", "Sr. & Sra. Smith" e "O Procurado") ou alinhavando histórias mais próximas a sua sensibilidade humanitária ("Amor Sem Fronteiras" e "O Preço da Coragem").

No entanto, seus maiores sucessos de bilheteria chegaram graças aos filmes de fantasia (fez parte da saga "Kung Fu Panda"), sobretudo, com "Malévola", o retorno da Disney ao universo de "A Bela Adormecida" com uma versão narrada do ponto de vista da vilã. O filme arrecadou mais de US$ 750 milhões.

Um dos grandes acertos de Angelina foi se cercar de autores de prestígio em projetos como "Alexandre" (Oliver Stone), "O Bom Pastor" (Robert De Niro) e "A Troca" (Clint Eastwood, que rendeu sua segunda candidatura ao Oscar), quando decidiu mergulhar na direção com "Na Terra de Amor e Ódio" (2011).

Os resultados finalmente vieram com "Invencível" (2014), seu segundo filme como diretora, indicado a três prêmios da Academia de Hollywood e, principalmente, um enorme sucesso de público no mundo todo com mais de US$ 160 milhões de arrecadação.

"Angelina soube expandir sabiamente seus horizontes para além da interpretação. O sucesso de 'Invencível' a coloca em um nível completamente diferente. Agora é vista como alguém que pode atrair os espectadores de qualquer um dos lados da câmera", disse à Agência Efe Phil Contrino, analista do portal "BoxOffice.com".

Os louros desse filme colocam Angelia perante uma infinidade de oportunidades e, de fato, a imprensa especializada garante que o estúdio Marvel tem interesse em oferecer a ela um de seus novos projetos de super-heróis, mais precisamente, o de "Capitã Marvel".

Cena do inédito "By the Sea", em que Angelina dirige o marido Brad Pitt - Reprodução/Entertainment Weekly - Reprodução/Entertainment Weekly
Cena do inédito "By the Sea", em que Angelina dirige o marido Brad Pitt
Imagem: Reprodução/Entertainment Weekly


Além disso, em novembro será lançado seu terceiro projeto por trás das câmaras, "By the Sea", onde divide cenas com o marido, Brad Pitt, o segundo filme em comum depois de "Sr. & Sra. Smith", filmagem na qual conheceram. Mas Angelina Jolie é muito mais do que cinema e negócios.

A artista, conhecida por seu interesse e apoio às causas humanitárias e doações a ONGs, adotou três de seus seis filhos com Brad (Maddox, Zahara e Pax) no Camboja, Etiópia e Vietnã.

Como enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), viajou por todo o mundo para promover organizações e atividades pra conseguir a justiça social. Também se envolveu em grandes crises humanitárias e deslocamentos em massa de civis com a intenção de chamar a atenção da opinião pública.

Essas atividades lhe levaram a ganhar o prêmio humanitário Jean Hersholt um Oscar honorário em 2013 e que fosse especulada uma possível fase política, algo para o que ela afirma estar "aberta".

Angelina colecionou manchetes quando anunciou, em maio de 2013, que tinha se submetido a uma mastectomia preventiva de câncer de mama, e em março deste ano, ao explicar que retirou os ovários e as trompas para evitar a doença que causou a morte de sua mãe, sua avó e sua tia.

Nas duas ocasiões, quis falar de sua situação para que "outras mulheres em risco" tomassem conhecimento das opções existentes.

É a evolução de quem foi a "menina má" de Hollywood no final dos anos 90. Para trás ficam seus flertes com as drogas, os escândalos sexuais e seus divórcios de Jonny Lee Miller e Billy Bob Thornton. O futuro será o que ela quiser que seja.