Topo

Festival de Cinema de Los Angeles dá a largada com "Grandma", de Paul Weitz

Lily Tomlin (à dir.) e Julia Garner, em "Grandma," escrito e dirigido por Paul Weitz - Divulgação
Lily Tomlin (à dir.) e Julia Garner, em "Grandma," escrito e dirigido por Paul Weitz Imagem: Divulgação

Antonio Martín Guirado

De Los Angeles

09/06/2015 17h30

A 21ª edição do Festival de Cinema de Los Angeles começa nesta quarta-feira (10) com a estreia de "Grandma" ("Vovó", em tradução livre), o novo filme de Paul Weitz. A produção abre uma programação que inclui 74 longas-metragens, 60 curtas e 50 obras em novos formatos representando 35 países.

"Grandma", protagonizado por Lily Tomlin, com Julia Garner, Marcia Gay Harden, Judy Greer e Laverne Cox, narra a vida de uma mulher conhecida por sua misantropia, que se transforma quando sua neta de 18 anos entra em sua vida pedindo ajuda. Juntas elas fazem uma viagem que levará a mulher a fazer as pazes com seu passado e a jovem a aprender a enfrentar o futuro.

"O filme personifica nossa missão de apoiar artistas visionários e celebrar a comunidade criativa de Los Angeles", disse Stéphanie Allain, diretora do festival. "Estamos entusiasmados em chamar a atenção para este filme tão especial e para o grande trabalho de Lily Tomlin", acrescentou.

Tomlin receberá o prêmio Spirit of Independence, reconhecimento entregue a artistas que lutaram pelo cinema independente ao longo de sua carreira. George Clooney, David O. Russell ou Charlize Theron já receberam essa estatueta.

Dois dos momentos mais esperados do festival, que vai até dia 18, são a exibição do primeiro episódio da série "Pânico", dia 14, e a projeção nesta terla (9), na programação prévia ao Festival, de "Divertida Mente", a mais recente animação da Pixar, em um evento que incluirá um bate-papo com seu diretor e roteirista, Pete Docter.

Já "Pânico", a nova série da "MTV" baseada na saga de terror de Wes Craven, terá a presença de todo o elenco, liderado por Willa Fitzgerald, Bex Taylor-Klaus, Carlson Young e Amadeus Serafini.

39 estreias mundiais

Entre as seis competições do festival acontecerão 39 estreias mundiais, uma programação pensada para ser diversificada.

A organização destacou que quase 40% dos diretores em disputa são mulheres e que quase 30% das obras foram dirigidas por cineastas negros.

Na seção de Ficção Americana concorrem "3rd Street Blackout", de Negin Farsad e Jeremy Redleaf; "A Country Called Home", de Anna Axster; " Bastards y Diablos ", uma coprodução EUA e Colômbia dirigida por AD Freese; "The Girl in the Book", de Marya Cohn, e "How He Fell in Love", de Marc Meyers.

Completam o programa "It's Already Tomorrow in Hong Kong", de Emily Ting; "Mekko", de Sterlin Harjo; "Out of My Hand", de Takeshi Fukunaga; "Puerto Ricans in Paris", de Ian Edelman, e "Too Late" de Dennis Hauck.

A seção dedicada à Ficção Mundial tem o mexicano "Elvira, te Daria Minha Vida, mas Estou Usando", de Manolo Caro; o colombiano "As Más Línguas", de Juan Paolo Arias, e o cubano "Sem Asas", de Ben Chace.

O espaço dedicado ao terror inclui uma coprodução entre Espanha, Etiópia e Finlândia chamada "Crumbs", de Miguel Llansó, e o mexicano "Plano Sexenal", de Santiago Cendejas.

Rodrigo García ("Questão de Vida", 2005), filho do falecido prêmio Nobel de literatura Gabriel García Márquez, é o diretor convidado desta edição. Como já é tradição, o festival reúne todos os cineastas envolvidos antes do evento, desta vez em Palm Springs.

Gale Anne Hurd, conhecida como "a primeira-dama da ficção científica", será homenageada com a estatueta Jaeger-LeCoultre Glory, que reconhece os cineastas que apresentaram uma "grande inovação" ao cinema contemporâneo.

Hurd é produtora de títulos como "O Exterminador do Futuro", "Aliens", "Armageddon" e triunfa agora na televisão com a série "The Walking Dead".

O Festival de Cinema de Los Angeles é produzido pela organização Film Independent, criadora do Spirit Awards, dedicado ao cinema independente.