Schwarzenegger: o "Exterminador" que não se arrepende de nada
O ator austríaco Arnold Schwarzenegger participou nesta segunda-feira (22) em Berlim, na Alemanha, do lançamento de "O Exterminador do Futuro: Gênesis" disposto a assumir os erros, mas sem arrependimentos do que fez dentro ou fora das telas.
"Não mudaria nada da minha vida. Cometi erros, profissionais e pessoais, mas cada um deles faz parte da minha própria máquina do tempo e não vou renunciá-los", afirmou o ator e ex-governador do estado americano da Califórnia, de volta ao mundo do cinema depois de abandonar a política.
No novo longa-metragem do célebre ciborgue, que ele interpretou pela primeira vez em 1984, Schwarzenegger não é mais uma máquina terrível que pretende acabar com Sarah Connor, mas um "Exterminador" programado para ser o anjo da guarda da mulher que será mãe do líder da resistência, John Connor. "Não é um remake. É uma revisão livre de uma história universal e atualizada", defendeu o diretor do filme, Alan Taylor ("Thor: O Mundo Sombrio").
Assim, a franquia, que teve seu primeiro filme lançado em 1984 e a sequência "O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final" (1991), ambos dirigidos por James Cameron, ganha uma continuidade. Depois vieram "O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003), de Jonathan Mostow, e "O Exterminador do Futuro - A Salvação" (2009), de Joseph McGinty e sem Schwarzenegger, na época dedicado à política.
No novo filme, Sarah Connor não é mais Linda Hamilton, a atriz do original, mas sim Emilia Clarke, que interpreta Daenerys Targaryen na série "Game of Thrones".
Retornar ao papel aos 67 anos é algo que deve ser encarado com "certa dose de humor", brincou o ator austríaco. Enquanto os outros personagens do novo "Exterminador" viajam entre o passado e o futuro sem sofrer, aparentemente, com a passagem do tempo, a máquina interpretada por Schwarzenegger envelhece.
"Brincamos com este e outros paradoxos, é claro. Poder contar com Schwarzenegger para o novo 'Exterminador' demanda alguma norma lógica do tempo", afirmou Taylot.
O ponto de partida do novo filme é o mundo condenado à destruição, no momento em que o humano cede à máquina o controle de sua vida e seus mísseis. Nesse cenário, Schwarzenegger representa o valor do imperecível, sempre disposto a se despedir com a célebre frase: "Hasta la vista, baby".
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