Amazonas Film Festival abre com "Xingu", de Cao Hamburger, e homenagem a Fernando Meirelles
Começou na noite desta quinta-feira (3), com a pré-estreia do filme inédito “Xingu”, de Cao Hamburger, a oitava edição do Amazonas Film Festival. A cerimônia de abertura aconteceu no Teatro Amazonas, marco arquitetônico de Manaus, com a presença de parte da equipe do filme: o diretor Cao Hamburger, os produtores Fernando Meirelles e Andrea Barata Ribeiro, e os atores Felipe Camargo e João Miguel. Também estavam presentes os atores Max Fercondini, Thiago Martins, Tonico Pereira, Paloma Bernardi e Ingra Liberato, além da cineasta Tizuka Yamazaki, que preside o júri de longas-metragens do festival.
Antes da exibição de “Xingu”, o cineasta Fernando Meirelles, presidente de honra desta edição do evento, recebeu uma homenagem, com um pequeno vídeo que mostrava o diretor em diferentes momentos de sua carreira, em entrevistas e durante as filmagens. “Eu fico sempre meio com medo de ser homenageado, porque parece que você foi colocado ali em um lugar e acabou. Eu estou começando a aprender, eu acabei de começar minha carreira e eu não vou pra rede ainda”, brincou o diretor, em seu breve discurso.
“A Amazônia tem uma verdadeira diversidade de história e de conflitos que são muito pouco vistos no Brasil. Esse filme do Cao Hamburger traz um pouquinho desses problemas e relações da região Amazônica”, completou Meirelles.
Caio Blat, Felipe Camargo e João Miguel em cena de "Xingu", de Cao Hamburger
O filme
“Xingu”, filme inédito de Cao Hamburger apresentado na abertura do festival, é uma interpretação da história dos irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas-Bôas (Felipe Camargo, João Miguel e Caio Blat, respectivamente), que, na década de 1940, juntaram-se às expedições organizadas pelo governo para desbravar o interior do país e acabaram tendo suas vidas transformadas pelo contato com tribos indígenas que encontraram pelo caminho.
Tendo como cenário uma natureza grandiosa, o filme mostra três irmãos profundamente tocados pelo contato com os índios, que se tornam ferrenhos defensores desses povos, ainda que tenham que recorrer a vias “tortas” para fazê-lo. “Xingu” se concentra nesse aspecto da vida dos irmãos, com especial atenção à criação do Parque Nacional do Xingu, em abril de 1961.
Ao final da exibição, o público aplaudiu de pé a equipe do filme, que, bastante emocionada, recebeu os cumprimentos dos presentes.
* A jornalista viajou a convite da organização do festival
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