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Peter Jackson anuncia realização de documentário sobre caso judicial "Os três de West Memphis"

Peter Jackson, diretor da trilogia "O Senhor dos Aneis", também vai dirigir o filme "O Hobbit" - AFP
Peter Jackson, diretor da trilogia "O Senhor dos Aneis", também vai dirigir o filme "O Hobbit" Imagem: AFP

Da Redação

05/12/2011 08h55

O cineasta Peter Jackson e sua sócia e mulher, Fran Walsh, realizaram um documentário sobre o caso "Os três de West Memphis", onde houve condenação de três jovens sem provas concretas. A informação é do site Entertainment Weekly.

"West of Memphis" conta a história de Damien Echolls, Joason Baldwin e Jessi Misskelley Jr, três jovens que foram presos em 1993 e passaram 18 anos na cadeia até serem liberados em 2011. Um dos rapazes, Damien, e sua mulher, atuaram como produtores do filme.

"Este filme representa o julgamento que estes homens não tiveram", disse Amy Berg, diretor do documentário. "Com o apoio de Damien, e um acesso sem precedentes a pessoas próximas ao caso, fomos capazes de fazer um filme com detalhes da defesa - investigação, pesquisa e apelações de um jeito que nunca foi mostrado antes", acrescentou.

Peter Jackson e Fran Walsh tiveram ligação pessoal com o caso, tendo ajudado desde 2005 a angariar fundos para libertar os três jovens. Algumas celebridades, como Johnny Depp e Eddie Vedder, também contribuíram, dando dinheiro e chamando atenção da mídia para o caso.

"West of Memphis" não será o primeiro filme sobre o caso; uma trilogia foi feita desde 1996 pelos cineastas Joe Berlinger e Bruce Sinofsky. O primeiro se chama "Paradise Lost", e o segundo, sem nome definido, está previsto para ser lançado em janeiro.

O CASO

Jason Baldwin, Jessie Misskelley e Damien Echols eram adolescentes em 1994, quando foram condenados pela morte de três crianças de 8 anos na cidade de West Memphis, no Estado do Arkansas, Estados Unidos.

Na época, a polícia concluiu que as três crianças teriam sido mutiladas e mortas em um ritual satânico, e a culpa recaiu sobre os três. No entanto, a inconsistência do processo contra os três levantou dúvidas quanto às condenações. Jessie tem retardo mental e acabou confessando o crime e envolvendo os amigos, e os três foram condenados, mesmo com seu depoimento tendo tido erros factuais.

Este ano, os três foram libertados após um acordo chamado "Alford", no qual eles admitem que há provas substanciais contra eles, mas não se consideram culpados.