Topo

Diretor de "Resident Evil 5: Retribuição" revela que sexto filme será o último da franquia

Milla Jovovich interpreta Alice mais uma vez em "Resident Evil 5: Retribuição" - Reprodução
Milla Jovovich interpreta Alice mais uma vez em "Resident Evil 5: Retribuição" Imagem: Reprodução

Natalia Engler

Do UOL, em Cancun (México)*

20/04/2012 15h31

Paul W. S. Anderson esteve à frente da franquia “Resident Evil” desde o início. Escreveu todos os roteiros e dirigiu três dos cinco filmes. Mas, para ele, está chegando a hora de colocar um ponto final na série. “A ideia é que o próximo filme seja o último. Este é o começo do fim. Muitos personagens morrem e o próximo será o capítulo final”, disse Anderson durante entrevista coletiva de “Resident Evil 5: Retribuição” em evento promovido pela Sony em Cancun (México).

“Eu queria elevar a franquia a um nível épico e global. Baseamos a maior parte das filmagens em Toronto, mas também filmamos em Moscou, Washington, Nova York. Viajamos muito”, conta o diretor que, assim como resto do elenco, faz mistério sobre a trama deste quinto filme. O que se sabe, no entanto, é que a personagem de Michelle Rodriguez, Rain, morta no primeiro filme, está de volta.

“Eu adoro o jogo de vídeo-game. Era eu quem estava interessada em trabalhar na franquia ‘Resident Evil’. Quando descobri que eu podia voltar dos mortos, pensei ‘isso é incrível’”, disse Michelle, imediatamente interrompida pela colega Milla Jovovich, zelosa dos mistérios do filme. “Milla, eu tomei um tiro na cabeça. Acho que as pessoas viram isso”, respondeu com bom humor a atriz. “Quando estávamos filmando o primeiro filme, eu tenho uma lembrança vívida de ter uma conversa com a Michelle, ela tinha um buraco de bala na testa e me disse ‘Sabe, você realmente vai se arrepender disso’. E eu me arrependi”, conta Anderson.

Heroínas de ação
O fato da franquia “Resident Evil” girar em torno de uma protagonista feminina parece ser uma motivação importante para a equipe. “Quando eu vim para Hollywood, havia um estigma de que heroínas de ação não funcionavam. Eu pessoalmente nunca acreditei nisso. Mas o primeiro ‘Resident Evil’ teve que ser todo financiado com dinheiro de fora dos Estados Unidos e filmamos tudo na Europa. Acho que o resto do mundo está mais aberto para esse tipo de protagonista feminina do que os EUA. É claro que desde então, ‘Resident Evil’ fez sucesso nos Estados Unidos também, mas acho que o que é importante é que sua existência abriu caminho para este tipo de personagem”, diz o diretor, que é casado com a estrela do filme.

Milla, que já declarou inúmeras vezes adorar artes marciais e gostar de fazer cenas arriscadas de ação diz ficar feliz que sua personagem inspire garotas a se sentirem fortes e praticarem artes marciais.

Para Michelle, é uma questão de abrir espaço em Hollywood para este tipo de protagonista feminina forte. “Eu tenho passado os últimos 13 anos focando em não arrancar minhas roupas e em personagens femininas fortes de propósito. Eu não tinha muitos modelos femininos no cinema. Pessoalmente, sinto que estou pronta para seguir em frente, porque o trabalho está feito. Sinto que não preciso lutar mais, que Hollywood está mais aberta a protagonistas femininas fortes. Agora eu posso ser feminina de novo. Eu não tenho mais que usar roupas de um cara machão. Porque parece que muitos roteiristas em Hollywood acham que, se uma mulher tem que ser forte, ela tem que incorporar o personagem do homem. Não é verdade. Mulheres são muito poderosas por si só, é que nunca estiveram lá para provar. Mas com filmes como ‘Jogos Vorazes’, ‘Hanna’, ‘Salt’ e a nossa franquia, elas estão prontas. Agora eu posso ser uma garota de novo”, diz.

“Residente Evil 5: Retribuição” tem estreia no Brasil prevista para setembro.

* A jornalista viajou a convite da Sony.