Guilherme Fontes é condenado a devolver R$ 2,5 milhões captados para o filme "Chatô"
A 31ª Vara Cível do Rio de Janeiro condenou o ator Guilherme Fontes a devolver os R$ 2,5 milhões que recebeu das empresas Petrobras Distribuidoras e da Petrobras S/A pelo não cumprimento do contrato. Guilherme recebeu recursos públicos de patrocínio para realizar o filme "Chatô, o Rei do Brasil", de 1995.
Procurado pelo UOL, Guilherme respondeu, por escrito, que irá recorrer da decisão e que "cedo ou tarde chegará a um acordo que satisfaça a todos; público, filme e patrocinadores". Ele ressaltou ainda que o filme está em "vias de ser lançado".
"Sou incansável e o filme é maravilhoso, com profissionais de primeiro escalão", garantiu ele, aproveitando para rebater as acusações da Petrobras. Segundo ele, foi a empresa que não cumpriu o contrato integralmente, por essa razão o projeto não conseguiu ser finalizado.
O longa, que seria o primeiro de Fontes, nunca chegou a ser concluído nem lançado. Em razão disso as empresas pediram a restituição da verba. Em 2008, um processo instaurado pela Ancine (Agência Nacional de Cinema) apontou irregularidades nas contas da produção e a produtora de Fontes foi condenada pela Controladoria-Geral da União a devolver R$ 36,5 milhões ao Estado.
Além da devolução do dinheiro, Fontes foi condenado em 2010 a três anos, um mês e seis dias de reclusão por sonegação fiscal - pena convertida em trabalho comunitário e multa.
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