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Com cenas cortadas, reestreia de "Django Livre" na China tem baixa bilheteria

Do UOL, em São Paulo*

14/05/2013 09h08

 

O filme "Django Livre", que foi retirado dos cinemas da China no dia da estreia, em abril, finalmente começou a ser exibido no país asiático neste domingo (12), mas os cortes em cenas de violência e sexo refletiram negativamente nas bilheterias. As informações são do site The Hollywood Reporter.

O longa de Quentin Tarantino obteve em sua reestreia cerca de US$ 600 mil, figurando na quinta posição dos filmes mais assistidos do dia. O montante foi bastante inferior ao registrado entre os mais lucrativos da data - respectivamente, Homem de Ferro 3 (US$ 5,04 milhões), o chinês So Young (US$ 2,68 mi), Oblivion (US$ 2,68 mi) e Os Croods (US$ 2,2 mi). 
 
De acordo com o site do jornal britânico "The Guardian", o público já está preferindo as cópias piratas de DVD que trazem a versão completa do filme. Em seu final de semana de estreia nos Estados Unidos, o filme arrecadou mais de US$ 30 milhões. 
 
Na versão censurada do filme, foram cortadas as cenas em que Django e sua mulher, Broomhilda, aparecem nus enquanto são torturados. A cena em que um escravo é atacado por cães também sofreu cortes, assim como o tiroteio que marca o desfecho do longa.
 
Todos os filmes exibidos na China são submetidos antes à avaliação do regime, que decide se eles podem ser exibidos completamente, se partes devem ser cortadas ou se devem ser proibidos, normalmente devido a cenas de sexo ou violência.
 
O último caso foi o caso de "007 - Operação Skyfall", que teve grande sucesso entre o público chinês. Na versão para o país, foi retirada uma cena em que James Bond mata um guarda de segurança em Xangai.
 
Apesar dos inúmeros cortes, "Django" é o primeiro filme de Tarantino a ser exibido legalmente e em várias salas de cinema da China. 
 
*Com informações da EFE