Bruna Lombardi, Ricceli e filho repetem parceria em musical sobre o amor em SP
Tanto em termos de roteiro quanto de produção, “Amor em Sampa” será um filme sobre histórias que se cruzam. Na tela, o público poderá conferir cinco núcleos diferentes de personagens que encontram o amor na cidade de São Paulo, mas por trás deles também há diferentes biografias se unindo para realizar o longa: Carlos Alberto Riccelli, o diretor, Bruna Lombardi, roteirista, e Kim Riccelli, codiretor – pai, mãe e filho.
O filme narra os casos de amor de um casal de executivos, um grupo de meninas aspirantes a atrizes, um publicitário, um taxista e um casal gay. Os núcleos acabam interagindo um com o outro e também contam com números musicais. Este será o quarto filme que a família produz em conjunto, na esteira de “Stress, Orgasms and Salvation” (de 2005, que não chegou a ser lançado no Brasil), “O Signo da Cidade” (2007) e “Onde Está a Felicidade?” (2011). Além de seus cargos específicos na direção e no roteiro, toda a família atua e canta na produção. Sem previsão de lançamento , o longa começou a ser gravado no fim de junho e as filmagens vão até agosto em vários pontos da capital.
Em entrevista ao UOL durante uma sessão de filmagens no Auditório Ibirapuera, na capital paulista, Bruna Lombardi conta que optou por não se basear em pessoas ou fatos reais, e sim criar a história espontaneamente. A impressão da atriz e escritora, porém, é de que os personagens acabaram saindo de seu controle, mostrando uma vontade própria. “Gosto de criá-los e acompanhá-los, eles é que vão me dizer o que eu tenho que fazer”, diz.
O fato de o filme ter virado um musical, por exemplo, ocorreu porque os personagens simplesmente “começaram a cantar”. “Eles queriam cantar, e eu falei, ‘Ok, deixa cantar, tem que respeitar’”, brinca. Há uma diferença em relação ao sentido estrito de musical, porém. “Não é aquele filme em que para tudo, a música é dentro da cena, a ação não para”, diz Bruna.
"Onde Está a Felicidade?"
Assista ao trailer do filme que é a terceira
parceria entre Carlos Alberto Riccelli,
Bruna Lombardi e Kim Riccelli
Trabalho coletivo
A maioria das canções foi escrita por Carlos Alberto, apesar de terem recebido influências de toda a família e também da equipe de filmagem – como toda a produção. “A gente faz um trabalho muito coletivo, existe uma união na criatividade. A ideia parte de mim, do roteiro, que é o que cria o universo, mas depois esse universo vai recebendo interferências dos talentos com os quais a gente se cerca. Um filme vive de um batalhão de pessoas e todo mundo entra com o seu melhor.”
A produção de músicas para os filmes do trio começou no “Stress, Orgasms and Salvation” e já conta com uma lista de intérpretes de renome, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Arnaldo Antunes e Adriana Calcanhotto. Segundo Bruna, a família não descarta enveredar pelo caminho musical fora do cinema também.
Alguns dos figurantes da produção estão sendo escolhidos através de um concurso no Facebook, no qual mandavam vídeos em que contavam uma história de amor, que acabam entrando direta ou indiretamente no filme. “A gente quis abrir o leque para pessoas da cidade mesmo participarem, ter pessoas reais no filme e uma representação completa de São Paulo, mostrar sua diversidade”, explica Kim.
Além de Eduardo Moscovis, estão previstas ainda as participações de Tiago Abravanel, Miá Melo, Mariana Lima, Rodrigo Lombardi, Bianca Bin e Marcelo Airoldi, bem como filmagens na Sala São Paulo, no Jockey Club e no Sesc Pompeia.
Gosto de criar personagens e acompanhá-los, eles é que vão me dizer o que eu tenho que fazer. Quero mostrar que a cidade tem um lugar para ir ainda, no qual ainda não chegamos, ainda estamos indo.
de "Amor em Sampa"
Um "sentimento do bem"
Embora Bruna seja carioca e Carlos Alberto e Kim, paulistanos, todos cresceram em São Paulo, onde moram quando não estão nos Estados Unidos. Para o filho, “Amor em Sampa” será “uma carta de amor para a cidade”.
Citando as recentes manifestações sociais na cidade, Bruna concorda. “Quero mostrar que a cidade tem um lugar para ir ainda, ao qual ainda não chegamos, ainda estamos indo. É óbvio que vamos conquistar muito mais as coisas por um sentimento do bem do que por um do mal. A cidade é da gente.”
Carlos Alberto endossa o coro, fazendo referencia a uma música do rapper Criolo que diz adorar. “Nós queremos mostrar que existe sim amor em São Paulo, mas que dá para haver mais. [A mudança] depende só da gente, da nossa atitude. Mesmo quando a gente fala mal [de São Paulo] é porque está querendo que melhore.”
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