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"As pessoas gostam de amor com humor porque o amor é patético", diz Giovanna Antonelli sobre filme

Thays Almendra

Do UOL, em São Paulo

31/07/2013 20h18

Depois do sucesso como a delegada Helô, da novela “Salve Jorge”, a atriz Giovanna Antonelli vai viver nos cinemas uma mulher que sofre por amor.

Mas esse sofrimento será tratado com humor em “SOS – Mulheres ao Mar”, comédia romântica com direção de Cris D'Amato. O longa-metragem terminou de ser filmado há duas semanas e tem previsão de estreia para 2014.

Giovanna acredita que o brasileiro gosta de comédias românticas mas que, como ainda se investe pouco no gênero no país, acabam consumindo filmes americanos. “Eu acho que é um filme de um gênero que as pessoas gostam de ver. Elas gostam de ouvir, falar e ver o amor. As pessoas gostam de amor com humor porque o amor é patético, e é o máximo isso”, disse Giovanna, aos risos, em entrevista ao UOL.

Em "SOS - Mulheres ao Mar", a atriz é Adriana, uma mulher que abdicou de sua vida para se dedicar ao marido Eduardo (Marcello Airoldi). Ela fica perdida quando ele decide deixá-la para ficar com a estrela de novelas Beatriz Weber (Emanuelle Araújo). Ao descobrir que os dois vão para um cruzeiro e farão a viagem que ela sempre sonhou, Adriana resolve ir atrás do ex para tentar recuperar o casamento, mas nada dá certo.

“Ela resolve ir atrás desse homem para tentar reconquistá-lo, mas depois vai entendendo várias coisas e caindo na real. Acho que, várias vezes na vida, a gente dá uma caída para depois se reerguer e ressurgir das cinzas. A Adriana vive um pouco disso, de descoberta como mulher, como pessoa”, disse a atriz.

Manuela Scarpa/FotoRioNews
É uma coisa louca, mas, às vezes, em meus papéis, devo projetar uma mulher que gostaria de ser

Para Giovanna, o filme funciona como um “toque” de como as pessoas podem mudar de vida e se reinventar a cada problema. “Eu, por exemplo, nos últimos dez anos, mudei para melhor porque acho que estou menos ignorante no sentido espiritual e sentimental. Você vê que vai amadurecendo quando está buscando viver diferente, e consegue transformar os seus problemas em coisas saudáveis. E é isso que o filme passa”, disse.

Par romântico com Gianecchini
No filme, Adriana embarca no cruzeiro com a irmã Luíza (Fabíula Nascimento) e a diarista Dialinda (Thalita Carauta). Em meio à reviravolta de sua vida, elas conhecem Sônia (Theresa Amayo) e o charmoso estilista André (Reynaldo Gianecchini), com quem a protagonista tem um romance.

Giovanna diz que a história com Gianecchini é “genial e apaixonante”, porque a química entre os dois vem da longa amizade e de papéis como no filme “Avassaladoras” (2002) e nas novelas “Da Cor do Pecado” (2004) e "Sete Pecados" (2007-2008).

“O cabelo que ele usa no filme é em homenagem a mim. Quando a gente se encontrou e falamos que íamos fazer o filme, eu disse: ‘você tem que fazer o cabelo do personagem tipo o George Clooney’”, lembrou.

“Uma mulher que gostaria de ser”
Quando a vida de Adrianadá uma nova guinada, Giovanna diz que gostaria de ter as características da personagem na vida real. “É uma coisa louca, mas, às vezes, em meus papéis, devo projetar uma mulher que gostaria de ser”, disse ela.

Acostumada a interpretar mulheres marcantes, que fazem sucesso com o público -- como Helô --, a atriz acredita que os telespectadores tenham essa aceitação por ela ser uma pessoa comum e que consegue passar isso aos personagens.  

“Eu me considero uma pessoa extremamente normal. Minha beleza é uma beleza comum. Meu corpo é um corpo comum. Tenho sorte também de fazer personagens populares, posso me deliciar construindo e podendo me reinventar. E todas essas personagens são mulheres humanas, de verdade, com erros e acertos como eu”, afirmou.