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Mãe diz que pneumonias atrasaram recuperação de diretor Fábio Barreto

O diretor Fábio Barreto realiza tratamento com médicos norte-americanos após acidente de carro em 2009  - AgNews
O diretor Fábio Barreto realiza tratamento com médicos norte-americanos após acidente de carro em 2009 Imagem: AgNews

Mariane Zendron

do UOL, em Gramado (RS)

10/08/2013 12h49

O início da 41ª edição do Festival foi marcada pela presença de quatro membros da família Barreto: o casal Luiz Carlos e Lucy e os filhos Paula e Bruno. Pais e filha produziram o longa “Flores Raras”, que abriu o festival nesta sexta (9), e Bruno foi o responsável pela direção do longa estrelado por Glória Pires.  Com isso, a ausência sentida foi a de Fábio Barreto, também envolvido com a direção de filmes desde a década de 1970 e que está sem trabalhar desde 2009, ano em que sofreu um acidente de carro.

Desde o acidente, Fábio realiza um tratamento em casa com a supervisão do Hospital das Clínicas em São Paulo. Em 2012, ele passou a contar com o auxílio de médicos da faculdade de medicina de Harvard, em Boston. O diretor apresenta um estado mínimo de consciência, mas vem tendo evoluções do quadro, de acordo com a família.

Em coletiva para divulgar “Flores Raras”, que entra em circuito nacional no dia 16 de agosto, Lucy Barreto diz que Fábio está bem e passa por um tratamento com drogas que estimulam seus neurônios. O tratamento também inclui, segundo a produtora, a estimulação do nervo trigêmeo, que tem função motora e sensitiva, mas que controla, principalmente, a musculatura da mastigação e a sensibilidade facial.
A produtora contou, no entanto, que Fábio teve duas pneumonias neste ano, que atrasaram essa recuperação. “Temos muita fé de que vamos conseguir e estamos fazendo tudo para isso”, disse Lucy, que ainda afirmou que a família continua em busca de novos tratamentos.

Contando com a atuação de Glória Pires, Fábio também dirigiu “O Quatrilho”, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1996 e “Índia, Filha do Sol” (1982). Na coletiva, a atriz lembrou que viver uma índia foi um dos trabalhos mais complexos de sua carreira. “Eu era uma menina de cidade e não tinha qualquer relação com a vida no campo. Foi um papel muito difícil. Não havia ‘coaching’ naquela época. O que eu fiz ali foi depois de uma pesquisa pessoal”, disse ela.