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Índia escolhe filme desconhecido para Oscar e transparência é questionada

8.set.2013 - Ritesh Batra apresenta "The Lunchbox" no Festival de Toronto  - Jag Gundu/Getty Images/AFP
8.set.2013 - Ritesh Batra apresenta "The Lunchbox" no Festival de Toronto Imagem: Jag Gundu/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

02/10/2013 11h27

A escolha do filme que representará a Índia nos Oscar de 2014 vem causando polêmica no país. Isso porque a Film Federation of India, responsável por fazer a seleção para o Oscar, contrariou todas as expectativas e escolheu um filme pouco conhecido, "The Good Road".

O favorito para tentar uma vaga era "Lunchbox", do diretor Ritesh Batra, filme aclamado nos festivais de Cannes, Telluride e Toronto deste ano.

Pouco depois do anúncio, feito no dia 21 de setembro, Batra usou o Twitter para demonstrar sua indignação. "Com o coração partido. Poderíamos ter ido até onde os distribuidores americanos e a imprensa de Hollywood acreditavam...". Em outro post, ele disse: "Era nossa chance de trazer o Oscar para a Índia".

A escolha e os comentários do diretor causaram comoção nas redes sociais. Internautas e cineastas questionaram a transparência da organização indiana.

Nesta semana, a federação reagiu com revolta e exigiu um pedido de desculpas do diretor. "Estávamos mantendo silêncio até agora, acreditando que se tratava da decepção aguda de um jovem diretor com seu filme de estreia...No entanto, você postou recentemente que existe corrupção no processo e isso é uma alegação muito séria". Você também sugeriu que o governo da Índia tentou subornar os jurados? Isso é realmente muito grave".

Nesta terça-feira (1º), o diretor respondeu a carta de FFI: "Muitos profissionais ligados à indústria cinematográfica fizeram comentários parecidos com o meu, mas vocês enviaram a carta a mim, um cineasta estreante, mas tenho orgulho de responder pelo meu filme e minha equipe".

"Se é um pedido de desculpas que vocês querem, aqui está. Tanto vocês quanto o júri têm meus sinceros pedidos de desculpas. Não quis ofender ninguém, apenas participar do debate sobre a decisão que chegou ao domínio público", disse.

O diretor ainda acrescentou: "Espero sinceramente que a reação das pessoas e até da imprensa internacional proporcione uma nova política de seleção", escreveu ele.