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"Não uso nudez para 'agressividar'", diz diretor de "Febre do Rato"

Fabíola Ortiz

Do UOL, no Rio

14/11/2013 05h49

“Quem fala mais alto é o público, é essa a prova que o filme conquistou”, admitiu Claudio Assis, diretor e produtor do filme “Febre do Rato”, indicado a seis categorias do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, anunciado na noite desta quarta-feira (13).

O longa que conta a história de um grupo de amigos anarquistas na cidade de Recife que veem o sexo livre com muita naturalidade levou três troféus Grande Otelo, a premiação conhecida como o Oscar brasileiro – melhor ficção pelo voto popular, melhor roteiro original e atriz coadjuvante com Ângela Leal.

“Não vim aqui para ganhar prêmios, vim para ver meus amigos”, brincou ao carregar a tiracolo os troféus durante toda a noite.

“Ganhar satisfaz, mostra que a gente está vivo e conectado. Parabenizo a academia por ter coragem de premiar filmes que não são ascepciados. Tem que apostar que o novo sempre vem”, defendeu.

“Eu não faço filme com nudez para ‘agressividar’ (sic), eu faço para conquistar. E a nudez é só uma consequência”, afirmou.

Com Nanda Costa no elenco, a atriz que viveu Morena na última novela da Globo “Salve Jorge”, atuou no filme em cenas de nudez explícita. “A Nanda é gostosa não porque pousou para a Playboy, mas porque é uma excelente atriz. Cinema é arte, não está preocupado em mostrar se alguém é magro, gordo, preto ou branco. Não interessa, o cinema é vida. Qual o problema da nudez? Você nasceu vestida meu bem?”, questionou Assis ao rebater comentários que o filme apresentaria cenas fortes de sexo.

Assis já se prepara para rodar seu próximo projeto, uma adaptação do livro de Xico Sá “Big Jato”, um retrato afetivo de uma juventude passada no Cariri. O longa será filmado no Ceará e no serão de Pernambuco.