"'O Lobo de Wall Street' não defende, mas acusa ganância", diz DiCaprio
Leonardo DiCaprio e Martin Scorsese, estrela e diretor do filme "O Lobo de Wall Street", estão sendo acusados de glamorizar o estilo de vida de "escapadas sexuais divertidas e farras com cocaína" vividos pelo protagonista. O longa deve estrear no Brasil no dia 24 de janeiro.
Assista ao trailer legendado
No filme, DiCaprio interpreta Jordan Belfort, um corretor da bolsa de valores americana condenado a quatro anos de prisão por um caso de fraude. A acusação partiu de Christina McDowell, cujo pai, Tom Prousalis, era um dos sócios de Belfort. Segundo ela, o filme "exacerba nossa obsessão nacional por riqueza e status" e "glorifica o comportamento psicopático".
Em entrevista à revista "Variety", DiCaprio, que também é produtor do filme, se defendeu dizendo que a produção pode ser mal interpretada por alguns. "Espero que as pessoas entendam que não estamos tolerando esse comportamento, nós estamos acusando isso", disse ele à publicação. O livro já é um conto de advertência, e se você prestar atenção ao final do filme vai perceber o que estamos dizendo sobre essas pessoas e sobre este mundo intoxicante";
McDowell ainda disse em carta aberta à revista "LA Weekly" que foi obrigada a mudar de nome depois que seu pai roubou sua identidade para lavar dinheiro. Segundo ela, o filme finge que esses esquemas são entretenimento. Ela ainda acusa o filme de ser misógino e degradante para as mulheres.
DiCaprio ainda disse que um dos motivos para ter aceitado fazer o filme foi a extrema sinceridade de Belfort. "É raro quando alguém não tem medo de dizer o quanto obscuro foi...Eu fiquei obcecado por interpretar um personagem que me fez compreender a mentalidade de sedução e ganância de Wall Street. Apreciei sua honestidade".
Confusão com a PETA
Essa não é a primeira polêmica envolvendo o filme. A produção também virou alvo da Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), pelo uso de um chimpanzé em uma das cenas. O animal pode ser visto no trailer oficial do filme no colo de Leonardo DiCaprio usando uma camisa, calça e um par de patins.
Segundo a instituição que atua em defesa dos animais, o chimpanzé do filme pertence a uma família, Rosaires, famosa por viajar pelo país com seu circo, que tem como atração macacos adestrados. A família é acusada de maltratar os animais ao, por exemplo, envolver o pescoço dos bichos com uma corda para evitar que eles machuquem os espectadores.
Ainda segundo a Peta, a produção de Scorsese não contratou um adestrador especializado em macacos para atuar no set de filmagens. "Nós enviamos a DiCaprio um vídeo, narrado por Anjelica Huston, que detalha como os chimpanzés e outros macacos usados para o entretenimento são tirados de suas mães logo após o nascimento, causando danos psicológicos irreversíveis".
A organização ainda diz em seu site oficial que o ator, "apesar de ser visto como alguém que se preocupa com o meio-ambiente, não fez nada para que a cena fosse removida e não respondeu ao apelo".
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