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Sobrinha diz que Disney não era o santo que filme com Tom Hanks retrata

Do UOL, de São Paulo

15/01/2014 15h06

Sobrinha-neta de Wall Disney, Abigail Disney afirmou em sua conta no Facebookm, na última sexta (10) que seu tio-avô era racista, misógino e antissemita, bem diferente da figura livre de defeitos retratada no longa “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”, do diretor John Lee Hancock, estrelado por Tom Hanks.

Abigail, que, no entanto, diz perdoar o tio, comentou o discurso de Mary Streep na entrega do prêmio do National Board of Review, na semana passada, quando a atriz criticou duramente o criador do lucrativo universo Disney.

“Eu sinto que eu tenho que esclarecer. EU ADOREI o que Meryl Streep disse. Sei que ele era um homem de seu tempo e consigo perdoá-lo, mas 'Walt nos Bastidores de Mary Poppins' foi uma tentativa descarada da empresa de fazê-lo um santo. Demônio ele não era. Nem um anjo”, publicou.

Pouco antes, ela já havia se manifestado sobre a personalidade polêmica do irmão de seu avô, Roy O. Disney. Ainda hoje, 46 anos após sua morte, Walt é capaz de dividir biográficos, parentes e conhecidos.

“Antissemita? Checado. Misógino? É CLARO!! Racista? Vamos lá, ele fez um filme (“The Jungle Book”) sobre como você deve ficar "com seu cada qual" no auge da luta sobre a segregação! Como se o "Rei da Selva" [antigo título de ‘O Rei Leão’] não fosse prova suficiente! Quanto mais informações você precisa? Mas, caramba, ele era infernal em fazer filmes e seu trabalho fez milhões de pessoas felizes. Não há como negar isso.”

Os estúdios preferiram não comentar sobre as declarações de Abigail. Esta não é a primeira vez que ela faz críticas severas a Disney. Em 2013, ela disse que os negócios da família tendem a “emburrecer, mediocrizar e simplificar”.

Um ano antes, ela havia reunciado a sua parte nos lucros provenientes do investimento da Disney na fabricante israelense de cosméticos Ahava, de Israel. Segundo a herdeira, a empresa “explora os recursos naturais de uma terra ocupada”.