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Blanchett está "em estado de felicidade e delírio" com indicação ao Oscar

Os atores Bob Balaban, George Clooney, John Goodman, Bill Murray, Cate Blanchett e Matt Damon (da esq. para a dir.) posam para fotos em evento de imprensa do filme "Caçadores de Obras-Primas" em Los Angeles - Kevin Winter/Getty Images
Os atores Bob Balaban, George Clooney, John Goodman, Bill Murray, Cate Blanchett e Matt Damon (da esq. para a dir.) posam para fotos em evento de imprensa do filme "Caçadores de Obras-Primas" em Los Angeles Imagem: Kevin Winter/Getty Images

Eduardo Graça

Do UOL, em Los Angeles (EUA)*

16/01/2014 19h58

Primeiro um sorriso longo. Depois a tirada certeira: “Minha manhã está sendo ótima. Não há melhor maneira de começar o dia conversando com a imprensa”. A cena se deu no salão de baile do hotel Four Seasons, em Beverly Hills, onde Cate Blanchett, ladeada por George Clooney, Matt Damon, Bill Murray e John Goodman, seus colegas de “Caçadores de Obras-Primas”, conversaria com os jornalistas. A princípio, sobre sua atuação no suspense de guerra com altas doses de comédia. Mas falar da indicação de Blanchett ao Oscar de melhor atriz por "Blue Jasmine" foi, como se imagina, inevitável.

“Estou em um estado de felicidade e delírio”, disse a atriz de 44 anos, celebrada por Clooney como “uma das duas maiores atrizes vivas do cinema”, a outra sendo Meryl Streep, também indicada este ano por “Álbum de Família”. As outras três indicadas são Amy Adams (“Trapaça”), Judi Dench (“Philomena”) e Sandra Bullock ( “Gravidade”).

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O páreo é duro e Clooney, que aparece ao lado de Bullock nos primeiros momentos do filme dirigido pelo mexicano Alfonso Cuarón, não se avexou em dar seu pitaco sobre as indicações, depois de parabenizar Blanchett: “Cuarón, que foi indicado para melhor diretor, é um gênio. Um gênio. A gente não tinha a menor ideia de como ele iria resolver o filme, a pós-produção foi um processo absolutamente mágico. Meu único porém com o filme é que ele vem num crescendo até a primeira meia-hora, mas depois desaba, né?”, disse, piscando o olho e rindo com vontade.

Durante a entrevista coletiva, Clooney, Damon, Muray e Blanchett enfatizaram que um filme como "Caçadores de Obra-Primas", centrado na história do grupo de especialistas americanos, ingleses e franceses, deslocados para o front afim de preservar monumentos e obras de arte – em inglês, os Monument Men –, não é exatamente o tipo de história desejado por Hollywood nos dias de hoje. Também lembraram que a história heroica de como grandes obras de arte da humanidade, como a "Madonna de Bruges", esculpida por Michelangelo, foram salva dos nazistas, é pouquíssimo ou nada conhecida, mesmo na Europa.

"Hoje posso dizer honestamente que tenho mais prazer em ser diretor e roteirista do que em atuar", disse Clooney, que dirige o longa. "É onde a criação, para mim, está de fato, por trás das câmeras. E as histórias que quero contar podem fazer sucesso de público ou não, mas são, certamente, filmes que não existiriam em Hollywood se não os produzíssemos", completou.

 “Caçadores de Obras-Primas” abre o Festival de Berlim, em 6 de fevereiro, e estreia no Brasil no dia 14 do mesmo mês.

* O repórter viajou a convite da Fox.