Homem é expulso de cinema e interrogado pelo FBI por ver filme usando Glass

Um frequentador de cinema que usava um Google Glass disse ter sido expulso de uma sessão do filme "Operação Sombra - Jack Ryan" e interrogado por mais de uma hora por autoridades federais na cidade de Columbus, em Ohio, nos Estados Unidos, no último sábado (18). As informações são do site The Wrap.

"Após uma hora de filme, um cara chegou perto da minha cadeira, enfiou um distintivo com algum tipo de escudo na minha cara, arrancou o Google Glass do meu rosto e disse: 'Me siga para fora imediatamente'. Foi bastante embaraçoso e fora da sala havia entre cinco e dez policiais e seguranças do shopping", afirmou o homem, que não se identificou, ao site The Gadgeteer.

Um representante da rede de cinemas AMC afirmou ao Wrap que o "roubo de filmes é algo tratado com muita seriedade pela empresa" e que os gerentes das salas "contatam imediatamente as autoridades a qualquer momento em que há a supeita de que alguém esteja gravando ilegalmente o conteúdo das telas".

"Enquanto somos grandes fãs da tecnologia e da inovação, usar um aparelho que tem a capacidade de gravar vídeo não é apropriado para uma sala de cinema", afirmou o porta-voz. "A investigação determinou que ele não estava gravando", completou o porta-voz da AMC.

De acordo com o frequentador do cinema, o interrogatório durou mais de uma hora. "Fui revistado e mais coisas foram tiradas de mim (meu celular pessoal, meu celular profissional --ambos desligados). Após cerca de 30 embaraçosos minutos na frente do cinema, eu e minha mulher fomos levados para duas salas separadas no escritório da gerência do shopping, onde o cara com o distitivo se apresentou novamente e me mostrou uma identificação diferente", disse o homem.

"Depois de bastante tempo, alguém veio com um laptop e um cabo USB e me disse que aquela era minha última chance de admitir algo. Eu repeti pela centésima vez que não tinha nada para admitir e que aquilo era um grande mal entendido até que o cara do FBI finalmente conectou meus óculos ao computador, baixou todas as minhas fotos pessoais e começou a olhá-las uma por uma (apesar de elas estarem datadas e de ser óbvio que não havia nada no meu Glass que fosse do período em que eles me acusaram de ter gravado). Então começaram a olhar meu telefone. Cinco minutos depois eles concluíram que eu não tinha feito nada de errado", afirmou o cliente do cinema.

Ele afirmou que ganhou quatro ingressos para ver outros filmes na rede de cinemas, mas que não recebeu um pedido de desculpas.