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Festeiro em "Vizinhos", Efron diz que "tinha muito conhecimento do assunto"

Eduardo Graça

DO UOL, em Nova York (EUA)

17/06/2014 06h00

Quieto ao mesmo tempo em que faz um barulho danado. Foi assim que a setorista de cinema do “Los Angeles Times” traduziu o esforço de publicidade do ator Zac Efron, 26 anos, durante as entrevistas de lançamento de “Vizinhos”, sua primeira comédia escrachada, uma das histórias de sucesso da temporada de primavera do cinema americano, que chega ao Brasil nesta quinta (19).

Ex-estrela-mirim da Disney, protagonista da franquia “High School Musical”  --que também revelou Vanessa Hudgens e Ashley Tisdale-- e dono de um séquito de fãs adoradoras de seus olhos azuis e corpo devidamente esculpido, Efron se juntou a Seth Rogen quando buscava se reinventar em Hollywood.

Depois de uma série de fracassos de público e crítica --“A Morte e a Vida de Charlie” (2011),  “Histórias de Amor” (2012), “Um Homem de Sorte” (2012), “Obsessão” (2012), “JFK, A História Não Contada” (2013) e “Namoro ou Liberdade” (2014)-- o bom-moço apareceu seguidamente nos tabloides e, em setembro, o site e programa televisivo TMZ informou que ele teria se internado em uma clínica de reabilitação por conta do vício em cocaína. Mais tarde, o mesmo site garantiu que o consumo da droga, durante as filmagens de “Vizinhos”, haviam sido um problema para a equipe técnica do filme.

Efron jamais comentou as notícias do TMZ, embora tenha admitido à revista "The Hollywood Reporter" que teve problemas com álcool e drogas. Na conversa em vídeo com o UOL sobre “Vizinhos’ --em que seu personagem é um festeiro inveterado--, ele afirma quee "entendia muito do assunto" e dá a entender que já bebeu bastante no passado. "Acho que foi legal como tudo convergiu dessa maneira. Eu sei que estava pronto para isso, era o momento de usar isso para algo positivo", diz. Assista à entrevista completa no topo da página.

Sem fugir do assunto, Efron também brinca com seu principal parceiro no filme, Dave Franco, dizendo que este tomou uma decisão correta ao tentar seguir caminho profissional inverso ao seu. O que o irmão mais novo de James Franco tentava dizer era que desejava sair do esterótipo de ator cômico para testar as águas românticas de um protagonista mocinho. Efron, ágil, mostrando que tem mesmo o tempo da comédia, transformou a afirmação do amigo em assertiva de que faz uma auto-crítica tanto de seu comportamento fora das telas quanto das escolhas profissionais.

Próximo projeto
O próximo passo de Efrom é a adaptação para o cinema do best-seller “O Negociador”, de John Grisham. O projeto está agora nas mãos do veterano britânico Adrian Lyne, diretor de marcos dos anos 1980 como “Flashdance - Em Ritmo de Embalo”, “Nove e Meia Semanas de Amor” e “Atração Fatal”. O mais recente filme dirigido por Lyne foi “Infidelidade”, com Diane Laine e Richard Gere, lá se vão 12 anos. Originalmente, o protagonista seria Shia LaBeouf, com direção de Tony Scott, morto em 2012.

Em sua nova encarnação, “O Negociador” terá a produção do próprio Efron, fã do livro lançado em 2009, que gira em torno de um recém-formado da prestigiosa Universidade de Yale, que é chantageado por criminosos e forçado a servir de informante enquanto trabalha em um dos escritórios de advocacia mais poderosos do planeta. Lyne ainda não bateu o martelo, mas o filme, previsto para chegar aos cinemas no ano que vem, poderá ser uma senhora oportunidade de reinvenção para ator e diretor. Uma possiblidade que, por si só, garante o interesse de público e especialistas. É esperar para ver.

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