Filha de José Mojica diz que pai continua internado para tratamento de rins

O cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, continua internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Incor (Instituto do Coração), em São Paulo, para tratamento das funções renais. Segundo sua filha Liz Marinz, que escreveu sobre a saúde do pai em sua página do Facebook, o pai está estável, mas requer cuidados especiais. Além de ser submetido a sessões de hemodiálise, ele também faz fisioterapia.

A filha do cineasta também contou sobre o ânimo de seu pai no hospital. "Tem dias que ele está mais quietinho, não é típico dele, isto me deixa triste. Mas me anima quando vejo ânimo e empolgação por algo nas falas e semblante dele", Liz ainda contou que ela e o pai conversam muito sobre futuros projetos profissionais. Ainda não há, no entanto, previsão de alta. "Estamos torcendo para que seja em breve", escreveu.

O cineasta está internado desde o dia 13 de junho com um quadro de desidratação e insuficiência renal aguda. No entanto, ele já havia sido internado em maio deste ano para fazer cateterismo e implantar três stents, tubos inseridos dentro da artéria para normalizar a passagem de sangue. Durante a internação, ele sofreu um infarto seguido de duas paradas cardíacas.

Nascido no dia 13 de março de 1936, na capital paulista, Mojica Marins é filho dos artistas circenses Antonio André e Carmen Marins. Começou a fazer filmes aos 17 anos e, em 1956, já era especializado em terror escatológico. O apelido se deve ao personagem mais famoso, que protagonizou "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1964), assim como "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967) e "O Estranho Mundo de Zé do Caixão" (1968), além de "Encarnação do Demônio" (2008).

No dia 17 de maio, cinco dias antes da internação, Zé do Caixão contou histórias de terror para cerca de 300 pessoas no cemitério da Consolação, durante a Virada Cultural de São Paulo. No mesmo dia, o ator participou da exibição de seu clássico "À Meia-Noite Levarei Sua Alma", no CineSesc.