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OJ Simpson quase ganhou papel de Schwarzenegger em "Exterminador do Futuro"

Simpson entra no tribunal em Las Vegas para julgamento de recurso, em 2013 - Julie Jacobson/Getty Images/AFP
Simpson entra no tribunal em Las Vegas para julgamento de recurso, em 2013 Imagem: Julie Jacobson/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

17/07/2014 21h49

O clássico “O Exterminador do Futuro” (1984), do diretor James Cameron, por pouco não passou à posteridade como o filme que lançou O.J. Simpson ao estrelato. Segundo entrevista do cineasta à  revista americana “Entertainment Weekly”, o ex-astro do futebol americano, que posteriomente seria acusado de matar a mulher e um amigo, era a prioridade do estúdio Orion Pictures.

“O diretor da Orion Mike Medavoy veio até mim e o produtor Gale Anne Hurd e disse: ‘Você está sentado? Então você deve se sentar. Quero O. J. Simpson para ‘O Exterminador do Futuro’. Gale e eu olhamos um para o outro e pensei: 'Você está de brincadeira? Como vamos sair desta?”.

Simpson vinha em evidência no início dos anos 1980, estrelando várias campanhas publicitárias. Medavoy teria tido a ideia após vê-lo na televisão em uma propaganda da locadora de carros Hertz, na qual ele demonstrava seus dotes físicos. A proposta do executivo do estúdio independente era que Arnold Schwarzenegger fosse realocado para o papel do soldado Kyle Reese, que é enviado ao passado para salvar a personagem Sarah Connor que acabou ficando com o ator Michael Biehn.

A ousada ideia de ter O.J. no papel do ciborgue mais famoso do cinema, no entanto, não durou muito. "Isso aconteceu quando todo mundo amava O.J. Simpson. E, ironicamente, isso era parte do problema. Ele era aquele tipo de cara inocente, simpático e pateta. Além disso, francamente, eu não estava interessado em um afrodescendente perseguindo uma menina branca com uma faca", disse Cameron.

Anos mais tarde, o ex-atleta estrearia nos cinemas na comédia “Corra que a Polícia Vem Aí” (1988), ao lado de Leslie Nielsen. Atualmente, O.J. Simpson cumpre pena após ser condenado a 33 anos de prisão em 2008, por sequestro e assalto à mão armada, dentre 12 acusações das quais foi considerado culpado.