ONG que defende LGBTs diz que produção de Hollywood em 2013 foi deprimente
Um estudo feito pela GLAAD (na sigla em linglês, Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação), ONG que defende a comunidade LGBT nos meios de comunicação, mostrou que apenas 16,7% dos filmes produzidos em Hollywood em 2013 tinham personagens homossexuais. A porcentagem é um pouco maior em relação a 2012, que foi de menos de 15%, mas, mesmo assim, a entidade considerou que o ano teve uma "realização deprimente".
Analisando os estúdios Fox, Lionsgate, Paramount, Sony, Universal, Disney e Warner Bros, a GLAAD constatou que apenas de 17 de 102 filmes lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros entre os personagens. E apenas sete desses 17 filmes passaram pelo teste Vito Russo, que procura personagens LGBT importantes para o enredo e que não são apenas definidos por sua orientação sexual. O teste tem esse nome em homenagem a um ativista LGBT e historiador de cinema americano morto nos anos 90.
Segundo o relatório, 64,7% dos filmes têm personagens gays, 23,5% têm personagens lésbicas, 17,7% mostram bissexuais e 11,8%, transexuais femininas. Ainda de acordo com a GLAAD, a porcentagem de filmes com transexuais femininas corresponde a apenas dois títulos. Um mostrava uma transexual em uma cela de prisão, e outro, segundo a ONG, era uma representação difamatória "exclusivamente na trama para dar ao público algo para rir".
Segundo a presidente da ONG, Sarah Kate Ellis, "a falta de pernsoagens LGBT em Hollywood, além do humor estereotipado e desatualizado, podem estar fazendo mais mal do que bem quando se trara de compreensão mundial da comunidade LGBT".
"Estes estúdios têm os olhos e ouvidos de milhões de membros do público e deve refletir nossa sociedade, em vez de alimentar o ódio e o preconceito muitas vezes no mundo todo", disse a presidente. A GLAAD também reportou que, nesse sentido, a televisão é muito mais inclusiva.
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