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"Fazer sempre a mãe é bom e é ruim", diz a atriz Sandra Coverloni

Sandra Coverloni ganhou a Palma de Ouro de melhor atriz no Festival de Cannes em 2008, por seu papel em "Linha de Passe" - Aline Arruda/Divulgação
Sandra Coverloni ganhou a Palma de Ouro de melhor atriz no Festival de Cannes em 2008, por seu papel em "Linha de Passe" Imagem: Aline Arruda/Divulgação

Tiago Dias

Do UOL, em Paulínia (SP)

26/07/2014 19h38

Após ganhar a Palma de Ouro de melhor atriz no Festival de Cannes em 2008, por seu papel em "Linha de Passe", de Walter Salles, Sandra Coverloni tem sido convidada com frequência para o papel de mãe, algo que ela julga ser como "bom e ruim".

A visibilidade que teve ao dar vida a uma mãe guerreira, que batalha para criar quatro filhos na periferia de São Paulo, a fez ser requisitada para o papel de outras matriarcas. 
 
Na TV, ela maltratava a filha autista Linda, em "Amor à Vida". No cinema, foi mãe de Renato Russo na cinebiografia do compositor, "Somos Tão Jovens", e agora, em "Sangue Azul", novo filme do pernambucano Lírio Ferreira, exibido na noite de sexta-feira (25) no Festival de Paulínia, ela faz uma mãe temerosa com o futuro do filho Pedro (Daniel de Oliveira). 
 
"Fazer sempre o papel da mãe é bom e é ruim", diz a atriz. "Em 'Linha de Passe' sou a mãe coragem. E isso virou uma espécie de estandarte. Todo mundo que precisa de uma mãe, me chama", brincou a atriz, durante coletiva de imprensa.
 
No entanto, Corveloni conta que busca sempre um diferencial em cada uma dessas mães. "Sempre busco responder: De onde vem essa pessoa? Quem é a Rosa?", explica, se referindo ao papel no longa do cineasta pernambucano.
 
Rosa é o nome de seu personagem no filme do cineasta pernambucano, que se confidencia até mesmo com as galinhas no quintal de casa. "Endoidei bem com o Lírio", brinca. "Ele partiu meu coração. Há uma guerra acontecendo no coração da Rosa".