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Filme brasileiro que tenta vaga em Oscar recebe boas críticas nos EUA

Do UOL, em São Paulo

10/11/2014 12h23

"Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", que tenta vaga para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, foi sucesso de público e crítica no Brasil e agora começa também a agradar a crítica nos Estados Unidos, onde estreou na última sexta (7).

O UOL selecionou trechos das críticas dos principais sites e jornais de cinema do país, como "The Wrap", "Variety", "The Hollywood Reporter" e "The New York Times". Saiba o que eles têm a dizer sobre o longa de estreia de Daniel Ribeiro, estrelado por Ghilherme Lobo, Fábio Audi e Tess Amorim.

The Wrap

O Leonardo de Ghilerme Lobo não é um cego gay e adolescente, mas um adolescente que por acaso é cego e gay - em uma história reflexiva e redonda.

É um reflexo do progresso relativo em relação à aceitação gay no país, que já sedia a maior parada do orgulho gay no mundo e que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2013.

Como a maioria de filmes sobre jovens adultos, as melhores cenas são centradas em novas experiências, como Gabriel explicando a Leo como se dá um eclipse ou quando narra cada nova matança de um filme de terror. (É muito ruim, no entanto, que todas as personagens femininas, em particular Giovana e sua mãe, sejam excessivamente maternais e de quem Leo queira fugir).

The Hollywood Reporter

O filme é umas versão longa do premiado curta de 17 minutos. Ribeiro concretizou de forma impressionante o material em uma narrativa completa, não só adicionando conflito e personagens convincentes, mas também dando um enfoque novo à busca da independência do jovem cego.

Apesar de terem 16 ou 17 anos, Leo e Giovana vivem em um ambiente protegido que é quase inocente demais para ser verdade. O comando  de Ribeiro é fundamental para tornar essa configuração crível, focando na bondade dos jovens personagens, que aos poucos vão se abrindo para dar espaço à rebeldia, que por sua vez pode fazer com que deixem o casulo protetor da infância para trás.

Variety

Todo mundo vai torcer pelos dois protagonistas adolescentes na estreia doce de Daniel Ribeiro, já que os meninos são muito simpáticos e o caminho que eles traçam até o primeiro amor tem uma qualidade comovente.

Embora o roteiro e a direção seja só um pouco acima da média, a estreia sobre juventude de Daniel Ribeiro tem um apelo inegável. 

The New York Times

Este filme vencedor - dirigido por Daniel Ribeiro em sua estreia - tece habilmente os desafios sociais da adolescência em uma história mais ampla de auto-descoberta. O filme é a tentativa do Brasil para o Oscar de filmes estrangeiros. E isso não é surpresa.