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Coreia do Norte diz que James Franco e Seth Rogen merecem "punição severa"

James Franco e Seth Rogen em cena de "A Entrevista" - Divulgação
James Franco e Seth Rogen em cena de "A Entrevista" Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

28/11/2014 10h14

O regime norte-coreano disse que os atores James Franco e Seth Rogen merecem “punição severa” por conta do novo filme da dupla, a comédia “ A Entrevista”.

Com previsão de estreia para dezembro, nos Estados Unidos, o filme acompanha um  apresentador de talk shows (papel de James Franco) e seu produtor (Seth Roger, que também co-dirige o filme), que precisam assassinar o primeiro-ministro da Coreia do Norte, Kim Jong-un, durante uma entrevista.

Segundo o "The Hollywood Reporter", o site norte-coreano Uriminzokkiri, controlado pelo governo, divulgou um comunicado nesta sexta-feira (28) condenando o filme e chamando “a missão” dos personagens de "um maldoso ato de provocação".



"O atrevimento em mostrar este filme de conspiração, composto por distorções da verdade e imaginação absurda, é um maldoso ato de provocação contra nossa república altamente dignificante e um insulto contra o nosso povo justo", diz o texto, sem assinatura.

"Os cineastas inúteis, conquistados por alguns dólares jogados por conspiradores, têm comprometido a dignidade e a consciência do cinema ao produzir e dirigir um filme como este. Eles devem estar sujeitos a nosso castigo severo."

Em entrevista ao blogueiro do UOL Roberto Sadovski, Rogen, que atua e co-dirige o filme, comentou ameaças anteriores feitas pela Coreia do Norte, pedindo que o governo americano engavetasse o filme. “É uma experiência perigosa, mas assim as coisas ficam mais empolgantes”, disse.

O ator e cineasta disse também acreditar que o líder coreano Kim Jong-un "deve ser muito mal-humorado". "Team America foi mais cruel com seu pai e não teve esse tipo de reação. Se bem que Kim Jong-il era apaixonado por filmes, escreveu livros sobre cinema. Mas eu não tenho medo dos malucos, até por isso é mais divertido fazer comédia com eles", contou.