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Caco Ciocler vai dirigir filme sobre jornalista brasileiro preso na Síria

O ator Caco Ciocler vai adaptar para o cinema o livro "Dias de Inferno na Síria" - Thyago Andrade e Claudio Andrade/Foto Rio
O ator Caco Ciocler vai adaptar para o cinema o livro "Dias de Inferno na Síria" Imagem: Thyago Andrade e Claudio Andrade/Foto Rio

Felipe Branco Cruz

Do UOL, em São Paulo

16/01/2015 21h38

O ator Caco Ciocler, 43 anos, será o diretor da adaptação para os cinemas do livro "Dias de Inferno na Síria", de Klester Cavalcanti. A obra narra a prisão do jornalista na cidade de Homs em maio de 2012.

"Há mais de um ano que eu converso com o Caco sobre a adaptação para o cinema", diz Klester Cavalcanti. "Eu e o Caco temos ideias parecidas e confio nele", completou. A produção do longa-metragem ainda está no começo e não estão definidos os atores nem o início da filmagens. 
 
De acordo com o jornalista, a ideia é fazer um filme com cenas de ação e focado nas relações humanas.
 
"Dias de Inferno na Síria", de Klester Cavalcanti (Benvirá) - O relato do jornalista Klester Cavalcanti, que saiu de São Paulo em 2012 para cobrir a guerra civil na Síria, mas foi preso pelas tropas oficiais, torturado e encarcerado por seis dias numa cela que dividia com mais de 20 detentos. Da cela, encontrou os personagens para retratar o conflito Sírio de dentro, enquanto ouvia os tiros e as explosões que vinham das ruas. Preço sugerido: R$ 32,50 - Divulgação - Divulgação
Capa do livro de Klester Cavalcanti
Imagem: Divulgação
Embora as decisões sobre locação, roteiro, atores etc, fiquem a cargo do diretor, Klester gostaria que o longa fosse filmado no Líbado. "O país não está em guerra. Eu conheço o Líbano e ele tem uma identidade visual parecida com a Síria. Filmar lá seria fantástico", diz. 
 
Além disso, Klester gostaria que o filme fosse falado em inglês e árabe e que contasse também com elenco árabe. "Durante esta viagem eu quase não falei português", lembra. "Mas é o diretor que vai decidir". 
 
Quando foi para a Síria, em 2012, o plano de Klester era acompanhar durante alguns dias a ação dos rebeldes em Homs. Porém o jornalista foi preso por forças de Bashar al-Assad e ficou detido por seis dias em uma cela com outras 20 pessoas. 
 
Klester aproveitou o tempo na prisão para entrevistar os detentos e registrar a realidade daquelas pessoas encarceradas por Bashar. 
 
Um outro livro de Klester Cavalcanti, "O Nome da Morte", também será adaptado para o cinema. De acordo com o jornalista, o longa será produzido pela TV Zero, com direção de Henrique Goldman (de "Jean Charles") e roteiro de George Moura (roteirista de "O Rebu" e "Amores Roubados"). "A previsão é filmá-lo ainda este ano", garante.