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Proibido de filmar, iraniano Jafar Panahi vence Urso de Ouro em Berlim

Do UOL, em São Paulo

14/02/2015 17h00

O cineasta iraniano Jafar Panahi venceu o Urso de Ouro pelo filme "Taxi". O troféu é o prêmio máximo do Festival de Berlim, que encerrou sua 65ª edição neste sábado (14).

Proibido de filmar pelo governo de seu país, Panahi rodou em segredo o longa-metragem, que se passa em um automóvel de táxi no Irã, com o diretor interpretando o motorista e pegando passageiros diversos pelas ruas de Teerã. 

Aos 54 anos, Panahi é celebrado pelos cinéfilos em todo o mundo, mas está proibido de realizar sua atividade no Irã, onde o regime considera subversiva sua visão crítica da sociedade. Ele foi detido por causa de um documentário que estava filmando sobre os distúrbios a respeito da polêmica eleição presidencial de 2009 e foi proibido de fazer novos filmes por 20 anos "por atentado contra a segurança do Estado e ato de propaganda contra o regime".

"Taxi" é o terceiro filme que Panahi dirige após a condenação. Apesar de não ter permissão de viajar ao exterior, o iraniano foi muito aplaudido em Berlim e recebeu estímulo para seguir desafiando a proibição. O longa também foi eleito melhor filme pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (FIPRESCi) entre os 19 aspirantes da seção a competição da Festival de Berlim. Em 2013, o iraniano já havia vencido o Urso de Prata pelo filme "Cortinas Fechadas".

Presidido por Darren Aronofsky, de "Cisne Negro", o júri do festival alemão premiou ainda a atriz Charlotte Rampling e o ator Tom Courtney, além do diretor Pablo Larrain, vencedor do Grande Prêmio do Júri por "The Club". O prêmio de melhor roteiro foi para o documentário "The Pearl Button", de Patricio Guzman. 

Mais cedo, o filme brasileiro "Que Horas Ela Volta?" havia sido anunciado como vencedor do prêmio do público de melhor filme.

3 Comentários

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Brasil-sil

Ok, mas ele foi premiado pela qualidade do filme ou pelo esforço que teve para fazê-lo? Pela matéria, parece que foi exclusivamente por conta da segundo..

werd gomes

É o mesmo que aconteceu na Palestina ocupada, onde o escritor judeu Norman Finkelstein é perseguido pelo regime sionista, por ter denunciado "A Indústria do holocausto" no seu livro homólogo. O cientista judeu Vanunu também foi perseguido por denunciar o programa nuclear clandestino sionista e seu arsenal ilegal de bombas atômicas, bem como os religiosos do grupo judeu Neturei Karta, que denunciam os crimes sionistas. Seus membros, inclusive rabinos, sáo espnacados e presos pela polícia, e as imagens estão disponíveis na internet. Já a "democracia" made in Usa, também perseguiu os ativistas do Occupy Wall Street, que denunciavam os parasitas dos juros e da especulação, mandando a polícia agredí-los e prendê-los, apesar das manifestações terem sido pacíficas no Zucker Park. Mas, por que será que a "grande mídia" só mostra este tipo de ocorrência no Irã?