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"Hollywood é asquerosamente sexista", diz Kristen Stewart

Kristen Stewart posa no Festival de Cannes 2014 - AFP
Kristen Stewart posa no Festival de Cannes 2014 Imagem: AFP

Do UOL, em São Paulo

29/04/2015 21h21

Conhecida pela sinceridade de suas declarações, Kristen Stewart desabafou contra o preconceito de gênero que, segundo ela, domina Hollywood. Em entrevista à revista "Harper’s Bazaar", a atriz fez coro com discurso das colegas Patricia Arquette, Carey Mulligan e Helen Mirren, que vêm se manisfestando sobre o assunto. 

“Mulheres, inevitavelmente, precisam trabalhar um pouco mais duro para serem ouvidas. Hollywood é asquerosamente sexista, é nojento. É uma loucura. É muito ofensivo”, desabafou.

Kristen também falou na revista sobre as pressões de ser uma pessoa pública. "A fama é a pior coisa que pode acontecer no mundo. Especialmente se não tem um motivo. Tipo quando as pessoas falam, 'Eu quero ser famoso'. Por quê? Você não faz nada."

Outro assunto da conversa foram as cenas de sexo nas telas, como a que protagonizou com Robert Pattinson na saga "Crepúsculo". “Eu só odeio quando elas são artificiais. Isso é quando fica desconfortável. Em 'Crepúsculo', nós tivemos que fazer a cena de sexo mais épica de todos os tempos. Tinha de ser transcendente e sobrenatural, desumano, o melhor sexo que você pode imaginar. E nós ficamos tipo, ‘Como podemos viver de acordo com isso?’. Era uma agonia. O que é uma porcaria, porque eu queria que fosse muito bom.”

Este mês, em entrevista ao "The Hollywood Reporter", Kristen, já havia criticado duramente a indústria do cinema dos Estados Unidos, que não estaria exatamente interessada em filmar boas histórias.

"Eles [os franceses] estão dispostos a assumir riscos. Eles fazem filmes porque têm compulsão por contar certas histórias, não fazem filmes para se tornar ricos e famosos. Isso é uma enorme diferença entre o cinema europeu e o cinema americano. Pessoas com quem eu gosto de trabalhar nos EUA concordam com isso, mas você precisa encontrá-las", afirmou a atriz, que se tornou a primeira americana a levar o prestigiado prêmio francês César, pela atuação no drama "Acima das Nuvens".