Conheça Camila Márdila, atriz brasileira premiada no Festival de Sundance
Para viver a filha da Regina Casé no filme “Que Horas Ela Volta?”, a atriz deveria ter pele morena, como o da apresentadora do “Esquenta” e ser pernambucana, mas a jovem escolhida para o papel e que conquistou o coração de Muylaert tem pele clara e nasceu em Brasília.
Camila Márdila, de 26 anos, conquistou o coração da exigente diretora Anna Muylaert mesmo tendo apenas um filme no currículo, “Do Outro Lado do Paraíso”, que também será exibido no Festival de Gramado deste ano. “Eu só estava testando meninas pernambucanas, mas a Jéssica é uma personagem seca. Ela não sorri, não seduz e a primeira que trouxe isso foi a Camila”, disse a diretora durante o debate sobre o filme neste sábado (8). O longa teve sua primeira exibição no Brasil nesta sexta.
Em entrevista ao UOL, Camila falou que, antes mesmo de fazer o teste, já estava muito apaixonada pela personagem. “Eu já era muito fã da Anna e disse: ‘O que eu puder fazer [para amenizar as características da personagem], eu faço. Posso tomar um sol, estudar o sotaque’. Acabou dando certo”, contou.
Camila começou a atuar ainda criança, nas aulas de teatro para superar sua timidez. Ao concluir o colégio, foi estudar comunicação social na Universidade de Brasília, onde começou a trabalhar em diversas áreas do cinema. “Fiz direção de arte, produção de elenco. Tudo isso me ajudou a dialogar com os diversos profissionais da equipe e entender, por exemplo, por que você não foi selecionada para um papel. Depende de muita coisa”, disse ela.
O empenho na profissão e em conquistar o papel fez com que a atriz dividisse com Regina Casé o prêmio de melhor atriz no Festival de Sundance, nos Estados Unidos. Nicole Kidman estava no páreo, mas não deu para ela.
Com toda visibilidade, ela não descarta trabalhos na TV, mas explica que isso não é seu foco: “Nem dá para ter isso como foco, porque é um trabalho que depende de tantos fatores”. Ela ainda diz que vai continuar no projeto em que já participava antes do filme, o coletivo de arte Áreas, que mantém com Miwa Yanagizawa, Liliane Rovaris e Maria Silvia Siqueira Campos. “Hoje em dia, o ator tem que ter sua produção artística própria, seus questionamentos”, disse ela.
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