Para ver "Os Dez Mandamentos", família compra uniforme no Templo de Salomão
Nem Moisés, nem Ramsés. Na falta de personagens caracterizados para a estreia de "Os Dez Mandamentos - O Filme", que chegou nesta quinta-feira (18) aos cinemas brasileiros, em São Paulo apareceram fiéis vestindo, literalmente, a camisa da produção religiosa.
Antes de chegar à sessão do filme no shopping Boulevard Tatuapé, na zona leste de São Paulo, Lucinei de Ramos levou seus três filhos --Samuel, Isac e Geovani-- e a irmã, Maria do Carmo Silva, ao Templo de Salomão, que pertence à Igreja Universal do Reino de Deus. Lá, eles compraram as camisetas que usavam, com grandes inscrições douradas e a data de estreia do longa, mas não informaram o valor gasto com as roupas. Para as crianças, a vestimenta inclui o logo de um grupo de jovens da Igreja Universal.
A família saiu de uma das primeiras sessões no local, exibida às 12h45, e elogiaram muito o filme bíblico. Lucinei, que comprou os ingressos com "bastante antecedência pela internet", disse que pretende voltar ainda na noite desta quinta-feira para assistir ao filme novamente com outros parentes.
Salas vazias
"Os Dez Mandamentos - O Filme" chegou aos cinemas com mais de 3 milhões de ingressos vendidos com antecedência em todo o país. Em São Paulo, porém, algumas salas que já estavam com as entradas esgotadas não lotaram.
O Cinemark do shopping Boulevard Tatuapé, na zona leste de São Paulo, teve quatro sessões esgotadas no dia da estreia: 12h45, 15h30, 17h15 e 18h15. O local é um dos preferidos pelo público que mora na região e também um dos mais próximos ao Templo de Salomão, sede da Igreja Universal do Reino de Deus.
O movimento por ali, no entanto, passou longe da lotação. A cinco minutos da primeira sessão, às 11h45, apenas 75 pessoas ocupavam a sala 2, com capacidade para receber um público de 230. Na bilheteria, restava apenas um ingresso para compra. O mesmo fenômeno aconteceu 1h depois, na sessão das 12h45, cujos ingressos estavam esgotados desde o início da pré-venda. Na sala 3, a maior disponível no local, com 353 lugares, um público de cerca de 130 pessoas preenchia as poltronas.
23 Comentários
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.
Tem loja de roupas nessa igreja???
Deixem o povo ser Feliz, se querem comprar a camisa para ver o filme que comprem ninguém tem nada haver com isso. de quem é o dinheiro, é do jornalista Renata Nogueira da UOL? Qual é objetivo da reportagem? se fosse a estreia do Star Wars e tivesse um monte de gente fantasiada ninguém estaria falando nada ( Se gastaram ou quanto gastaram se alguém comprou os ingressos) ou se essa situação relatada na reportagem fosse sobre causa LGBT estariam até elogiando a inciativa de comprar todos os ingressos e camisetas. Não sou um defensor da igreja universal, mas o fato é que igreja tira muita gente das ruas, principalmente os jovens. E isso não é nada em um país se gasta os tubos (principalmente verbas publicas) de dinheiro com carnaval e tem monte de gente morrendo por falta de atendimento e os serviços públicos deteriorados.